Com a chegada do primeiro Dia da Libertação dos Servos, a Rádio Internacional da China vai transmitir uma série de reportagens sobre as mudanças e o desenvolvimento da região nos 50 anos desde a reforma democrática. Hoje, vamos ouvir o primeiro artigo "Reforma democrática assegura que povo seja dono do Tibete".
O idoso tibetano, Nyima Tsering, de 76 anos, disse que aprecia muito a vida de hoje, ao fazer uma retrospectiva dos dias passados. Tsering era um servo antes da reforma democrática do Tibete. Ele lembrou:
"A vida foi muito dura quando era jovem. As condições de alimentação, vestuário e habitação eram muito desfavoráveis. As três refeições de um dia não podiam ser asseguradas. Só tinha uma roupa esfarrapada em todas as estações do ano e não tinha calçados."
É certo. Antigamente, 95% dos servos do Tibete não tinham nenhuma terra ou outros materiais de produção e não gozavam de nenhuma liberdade ou estado político. Eles tinham que depender dos senhores.
Em 1959, o governo central resolveu a revolta do Tibete, declarou a libertação dos servos e a abolição da dependência pessoal e lhes deu o acesso à garantia constitucional de segurança e liberdade. Também foi eliminado o sistema de propriedade de terra dos senhores. Segundo estatísticas, foram confiscados 2,8 milhões de mus de terra de senhores, que foram distribuídos a 800 mil servos.
A reforma democrática também separou a religião da política, o que não apenas possibilita a liberdade à religião da população, como também criou uma base sólida ao sistema de ditadura democrática popular. O governo chinês adotou, gradualmente, a autonomia regional de minoria étnica no Tibete e o sistema de sufrágio. Os servos do passado começaram a exercer os direitos de dono da região.
A primeira Assembléia Popular regional do Tibete foi realizada em setembro de 1965, quando foi fundado o governo popular da região. A implementação da política de igualdade, união, solidariedade e prosperidade comum foi garantida e o povo começou a participar e administrar os assuntos locais. O vice-presidente do Comitê Permanente da Assembléia Popular do Tibete, A Teng, disse:
"O marco da aplicação do sistema de autonomia regional de minoria étnica foi a realização da 1ª sessão da Assembléia Popular do Tibete. No evento, foi eleita a Comissão Popular da Região Autônoma, as duas entidades de autonomia regional de minoria étnica."
A adoção do sistema de autonomia regional de minoria possibilitou a participação na política das minorias étnicas, com os tibetanos sendo habitantes principais da região. Atualmente, entre os 34 mil delegados das assembléias populares de diversos níveis do Tibete, 94% são de minorias étnicas. Os líderes principais da região também são tibetanos ou habitantes de outras minorias étnicas.
Desde a reforma democrática, o Tibete experimentou mudanças drásticas em economia, cultura, sociedade e construção de infraestrutura. As indústrias de tecnologia informativa e telecomunicações desenvolveram em ritmo acelerado. O padrão de vida da população também aumentou significativamente. A expectativa de vida dos habitantes subiu de 35,5 para 67 anos. Kelsang Yeshe, acadêmico do Instituto de Ciências Sociais do Tibete, avaliou:
"Nos 50 anos desde a reforma democrática, só meio século, o Tibete registrou mudanças dramáticas. Se não houvesse a reforma, ou mudanças sistemáticas, a sociedade tibetana não poderia desenvolver tanto."
|