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Auto-reflexão dos norte-americanos no 6º aniversário da Guerra do Iraque
2009-03-20 15:29:20    cri

A Guerra do Iraque iniciada em 2003 teve influência negativa sobre a política, a economia e a vida social dos EUA. No fim de fevereiro deste ano, o novo presidente norte-americano Barack Obama anunciou o plano de retirada das tropas do Iraque, o que deu aos norte-americanos a esperança sobre o fim da guerra. No momento do 6º aniversário da Guerra do Iraque, diversos norte-americanos ainda estão lutando entre a "vitória" e a "derrota" nesta guerra.

Penny Preszler é uma dona da casa comum norte-americana. Seu filho, de 24 anos, está servindo no Iraque. Ela disse que está preocupada com o filho que teve problema psicológico depois de ir ao Iraque. O plano de retirada das tropas anunciado por Obama dá a ela esperança de ter o filho novamente junto dela, mas ainda tem medo de que ele não seja mais tão otimista quanto antes.

"Ele disse: 'Mãe, se pudermos nos encontrar de novo um dia, não vai me reconhecer. Não quero ser tão pessimista, mas este é meu estado agora.' Eu perguntei como está hoje. Ele respondeu: 'Estou ótimo, mãe, acabei de arrumar os restos do meu amigo. Naquele momento, achei que esta era a experiência mais cruel da minha vida, mas não. Logo depois, vi um menino iraquiano, de apenas sete ou oito anos, estava chorando e recolhendo os restos do pai, isso é ainda mais difícil de aguentar.'"

Nos últimos seis anos desde que começaram a Guerra do Iraque, os EUA têm pagado um preço alto em termos de política, economia, forças armadas, sociedade e imagem internacional. Segundo os dados estatísticos publicados ontem (19) pela Associated Press, a guerra deixou pelo menos 4259 mortos entre os soldados norte-americanos nos últimos seis anos. A maioria do povo norte-americano e a comunidade internacional opõem-se à guerra por causa das grandes perdas humanas e materiais. O "fim da guerra" se tornou uma das exigências mais fortes entre os norte-americanos e uma das promessas mais claras feitas for Obama durante a campanha de 2008. Obama anunciou, no fim do mês passado, que os EUA vão retirar suas tropas de combate do Iraque no fim de agosto e retirar todas as forças norte-americanas do país antes do fim de 2011.

Muitos norte-americanos aplaudem a retirada das tropas do Iraque, mas outros ainda têm dúvidas. O veterano aposentado Bob Arbasetti disse que espera que a decisão seja correta e o momento seja adequado. O funcionário público aposentado Bob Heintz afirmou:

"Estou contente de ver os soldados voltarem para casa. Espero que o governo tome esta decisão no momento adequado e consiga o resultado correto. Não quero ver o Iraque se tornar novamente um país terrorista por causa da retirada das tropas, mas desejo que o governo procure uma maneira adequada para o retorno dos soldados."

Thomas Ricks foi jornalista do Wall Street Journal e do Washington Post no Pentágono e fez várias entrevistas sobre a Guerra do Iraque. Ele assinalou que, como disse Obama, a situação do Iraque já melhorou, a violência diminuiu e os braços da Al-Qaeda foram fortemente reprimidos, mas os EUA ainda não venceram a guerra:

"As forças norte-americanas ganharam êxitos na táctica e melhoraram significativamente a situação de segurança do Iraque, mas não obtiveram sucesso do ponto de vista estratégica e política, que devem ser as metas mais importantes."

A opinião de Ricks representa a ideia de alguns norte-americanos e tem defensores no governo Obama. O secretário norte-americano da Defesa Robert Gates afirmou que, se o Iraque pedir, os EUA vão manter um pequeno contingente de militares no país depois do prazo de retirada das tropas em 2011.

Obama está enfrentando um dilema quanto à retirada das tropas e ainda não reconheceu a transformação profunda que a Guerra do Iraque vai causar em seu governo e em si mesmo, analisa Ricks.

"Considero esta guerra o maior equívoco da história diplomática dos EUA, foi uma tragédia. O erro do governo Bush vai precisar de décadas para ser compensado."

 
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