Nos últimos anos, a China executou uma série de projetos de florestamento para controlar ventos e areias, dando contribuições significativas para a melhora do meio ambiente e a construção econômica do país. O Documento N°1 deste ano, recém-divulgado pelo governo chinês, assinala que é preciso continuar promovendo a plantação de florestas para melhorar meio ambiente.
A China está diante de severa desertificação. Mais de 100 milhões de pessoas moram em zonas desertificadas e 400 milhões estão sendo afetados pelo problema. A desertificação já se tornou um obstáculo importante ao desenvolvimento sustentável da China. O porta-voz do Ministério da Silvicultura, Cao Qingyao, destacou recentemente que o controle da desertificação é uma tarefa urgente para o país:
"A área desertificada da China é de 2,63 milhões de quilômetros quadrados, representando 27,46% da área total do país. A aceleração do controle de desertificação das zonas importantes é uma tarefa muito urgente e dura."
O meio ambiente em parte das regiões ao redor da capital Beijing é frágil, com cobertura florestal rala. No outono e na primavera, a condição ambiental é propícia a tempestades de areia, afetando o ambiente da cidade.
Para resolver o problema, a China lançou, em 2000, o projeto de controle de origens de vento e areia de Beijing e Tianjin, que abrange, além desses dois municípios, também as províncias de Shanxi e Hebei e a região autônoma da Mongólia Interior. Desde o início do projeto, a cobertura florestal registrou um aumento significativo e a capacidade de desenvolvimento sustentável vem sendo reforçada. Além disso, a renda dos lavradores e pastores também aumentou.
Na Mongólia Interior, a área desertificada diminuiu 1,6 milhão de hectares desde o início do projeto e a extensão de florestas já superou 20 milhões de hectares, cerca de 20% da área total da região autônoma. O projeto também promoveu a a transformação do modelo de produção agropecuária. O vice-diretor do Departamento de Silvicultura da região, Li Shuping, disse:
"A conversão da lavoura em área florestal ou pastagem, a transferência de população por motivo ecológico e o projeto de controle de vento e areia de Beijing e Tianjin contribuíram para a transformação do modelo de produção agropecuária."
A China lançou, em 2000, o projeto de proteção de florestas naturais, para preservar os recursos no curso superior do Rio Yangtzé, Rio Amarelo e na região Nordeste. O projeto durará até 2010. A fim de prolongar a implementação do projeto, o governo chinês divulgou documentos exclusivos para aumentar o investimento. Cao Qingyao explicou:
"No quarto trimestre do ano passado, a China lançou um pacote de medidas para ampliar a demanda doméstica e estimular o crescimento econômico. Acrescentou um bilhão de yuans para proteger as florestas naturais, criando uma boa base para o sistema nacional de segurança ambiental."
De acordo com Cao, a China também criou um fundo para incentivar a preservação e plantio de florestas e já investiu 17 bilhões de yuans na iniciativa.
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