A Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) assinou, terça-feira, um acordo com a província de Sichuan, no qual a RAEM prometeu financiar dez projetos de reconstrução na cidade de Guangyun, uma das regiões mais afetadas pelo terremoto de 12 de maio do ano passado, que deixou mais de 80 mil mortos, de acordo com o comunicado para imprensa divulgado pelo goveno da RAEM.

Os dez projetos envolvem a reconstrução de estradas, pontes, diques e instalações de tratamento de esgotos na cidade de Guangyuan. Para isso, o governo do RAEM destinará 687 milhões de yuans (US$ 102 milhões), de acordo com o comunicado.

O epicentro do tremor foi localizado no distrito de Wenchuan, província de Sichuan, no sudoeste da China. O desastre deixou mais de 69 mil mortos, 374 mil feridos, 18 mil desaparecidos e milhões de desabrigados, de acordo com estatísticas oficiais.

O governo do RAEM havia assinado um acordo geral com o governo de Sichuan, no qual Macau prometeu financiar projetos de reconstrução na região. Conforme o acordo, a RAEM contribuirá com 5,5 bilhões de patacas (US$ 688 milhões) para a reconstrução de alguns distritos em Sichuan.

Ao todo, sete projetos de reconstrução financiados por Macau já foram iniciados em Guangyuan no ano passado. Com a assinatura do acordo de terça-feira, a RAEM financiará um total de 17 projetos de reconstrução nessa cidade, de acordo com o comunicado para imprensa do governo da RAEM.

Segundo outra fonte, o número de estudantes mortos no devastador terremoto de 12 de maio de 2008, na província de Sichuan, sudoeste da China, ainda estão sendo calculados e serão divulgados assim que forem totalmente computados, informou no domingo Wei Hong, vice-governador da província, durante a sessão anual da 11ª Assembléia Popular Nacional, o parlamento chinês.

A cifra depende do número exato de vítimas no terremoto, salientou Wei, e adiantou que o cálculo deve ser finalizado de acordo com os regulamentos relacionados emitidas pelas autoridades governamentais.

"Por isso é um processo muito complicado. A investigação do número de mortos e desaparecidos está em processo. É muito difícil concluir quantos estudantes morreram no desastre antes de confirmar o número correto de vítimas", disse o vice-governador em uma conferência de imprensa.

Segundo repórteres, milhares de estudantes morreram no sismo, cuja magnitude alcançou 8 graus na escala Richter, e alguns funcionários poderiam ser responsabilizados em algum grau por permitir que crianças e jovens estudassem em edifícios sem sustentação suficiente.

Depois da catástrofe, as autoridades chinesas começaram a investigar a fundo o por quê de tantas escolas terem desabado, enquanto construções vizinhas permaneciam de pé.

Cerca de 87 mil pessoas morreram por causa do terremoto de Sichuan.