O dia 28 de março será o 50º aniversário da reforma democrática do Tibet. Os representantes da Assembléia Popular Nacional (APN) e membros da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPCh), que estão participando das reuniões anuais em Beijing, manifestaram que em 50 anos da reforma democrática, a Região Autônoma do Tibet obteve grandes mudanças políticas e econômicas, e o povo tibetano vive com liberdade e igualdade.
Karma Rinchen, representante tibetano da APN, mora na pradaria de Nakqu, região principal de pecuária do Tibet. 50 anos atrás, quando a sociedade tibetana ainda estava no sistema de servidão feudal, os pais dele eram servos e não possuíram liberdade nem direitos. Mas hoje ele representa o povo local ao participar da reunião anual da APN, o órgão de poder supremo do país, tornando-se o dono real da nação. Falando sobre as mudanças na sua terra, o homem da pradaria não escondeu sua alegria:
"Sou filho de servos e os meus pais viveram com muita dificuldade. No entanto, após a reforma democrática, especialmente a reforma e abertura em 1978 em todo o país, a nossa vida mudou completamente. Com a ajuda do governo, compramos carros para fazer transporte de produtos, e também empreendemos em turismo na pradaria. A vida é realmente cada vez melhor. No ano passado, o governo promoveu o programa de moradia de pastores, a minha família construiu uma casa nova. É muito bom! Tenho dois filhos e ambos estão estudando na escola secundária estatal, que paga tudo para os estudantes, incluindo a taxa educativa, moradia e alimentação."
Por muitas gerações a família dele morou no local de quatro mil metros de altitude no planalto de Qinghai ? Tibet, o mais alto no mundo, chamado de "planalto de neve", que atrai visitantes de todo o mundo. Porém, décadas atrás, o bonito "planalto de neve" não era tão tranqüilo e era conhecido apenas por sua pobreza.
O Tibet faz parte da China desde a antiguidade. O governo central da nova China assinou, em 1951, o acordo de libertação pacífica com o governo regional tibetano. Considerando o interesse do povo e a realidade, o país não adotou imediatamente a reforma de regime político e social no Tibet. No entanto, o grupo de Dalai Lama provocou a revolta armada para manter o regime de unificação do Estado e da religião. O governo central reprimiu a insurreição e acabou com o regime de servidão e libertou o povo tibetano.
Hoje, a história de meio século provou que a reforma democrática no Tibet é um modelo de resolução de questões étnicas da China. Zhu Xiaoming, pesquisador do Instituto da Tibetologia da China, disse à reportagem:
"Na dimensão de toda República, a reforma social tibetana é a mais profunda. O regime tibetano entrou no socialismo diretamente do feudalismo, especialmente na região religiosa e de minoria étnica, que foi muito difícil."
A reforma democrática tibetana foi um grande progresso no movimento de eliminação de escravidão do mundo. 90% da população tibetana era escrava ou serva, mas tornou-se dono da região depois da reforma social. Com a liberdade e igualdade, e também o apoio do país e de outras províncias, o povo tibetano destinou grande entusiasmo à construção local e, com isso, a região obteve enorme desenvolvimento socioeconômico. Em 30 anos, a receita líquida de agricultores e pastores tibetanos aumentou 18 vezes!
O presidente da Região Autônoma do Tibet e também representante da APN, Changba Phuntsog, afirmou:
"Impulsionamos com muita força o programa de construção de moradia dos agricultores e pastores, bem como de acesso de água potável, eletricidade, estradas, telecomunicações, entre outros projetos de infra-estrutura. Com isso, as condições de vida do povo foram melhoradas notavelmente. Atualmente, 860 mil agricultores e pastores mudaram-se para casas seguras, e planejamos cobrir toda população em dois anos."
Para o povo comum, as mudanças são ainda mais notáveis. O idoso Sonam Dorje, de 62 anos, disse:
"Não sou rico na minha comunidade, mas tenho uma loja, fazendo roupas tradicionais tibetanas. Agora a vida do povo é bastante rica e as minhas roupas são sempre bem procuradas. A minha família mora em casa própria de três andares e as crianças estudam na escola. Eu cresci na época velha e não tinha nenhum direito. Hoje, festejo sempre a boa vida."
Neste período, o povo tibetano não perdeu a liberdade religiosa, e sua essência cultural. O país investiu em manutenção de patrimônios e relíquias culturais e religiosas, bem como a ópera tibetana e outros patrimônios imateriais.
Ge Jianxiong, especialista geológico e histórico da Universidade de Fudan, disse:
"Qualquer cultura é diversificada. A pessoa tem direito de escolher. Hoje, há algumas coisas novas no Tibet mas antes não existia. O povo possui o direito de escolher o modo de vida e a cultura. Esta liberdade não pode ser privada."
O Tibet de hoje, de qualquer aspecto, está na melhor época em toda a história. A reforma democrática deu uma sólida base de desenvolvimento à região. Neste ano, a Região Autônoma do Tibet definiu o dia 28 de março como o Dia de Libertação de Milhões de Servos para comemorar a reforma 50 anos atrás que trouxe benefício ao povo tibetano.
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