O exército norte-americano no Iraque anunciou no domingo (8) que a Casa Branca vai retirar 12 mil soldados do Iraque ates do final de setembro. Este é considerado o passo inicial de cumprimento de promessa de campanha do presidente Barack Obama e começa de processo essencial. Porém, com os recentes ataques terroristas, a opinião pública questiona a execução de decisão.
O general David Perkins, porta-voz do exército norte-americano no Iraque disse, na coletiva à imprensa, realizada ontem junto com parte iraquiana, que os Estados Unidos vão reduzir as 14 brigadas de combate para 12. "Esta não é a primeira vez que retiramos tropa do Iraque. Tínhamos 160 mil soldados aqui e atualmente são 140 mil," disse o porta-voz. Com o início de processo de retirada de tropa, as zonas administradas pelo exército norte-americano e suas 74 instalações militares serão transferidas à parte iraquiana neste mês, e os soldados que vão ficar no país depois de setembro serão transferidos para outros postos. Uma declaração do exército norte-americano considera o tempo e as condições da retirada de tropa do Iraque corretos, porque o sucesso das eleições regionais mostrou que a tropa e polícia iraquianas são competentes a salvaguardar a ordem social.
Segundo dados de Bagdá, 4556 soldados norte-americanos e 179 britânicos morreram desde o início da guerra do Iraque, seis anos atrás, além de enorme consumo de recursos. Por isso, a maior parte da população dos dois países e a comunidade internacional são contra a guerra. Sob pressão, o novo presidente dos EUA, Barack Obama, declarou, em fevereiro, que vai retirar a maior parte do exército do Iraque em 18 meses, e só vai deixar entre 35 mil a 50 mil soldados no país para formar o exército local e proteger os bens nacionais. Segundo planejado, todos os soldados vão voltar para a pátria antes do final de 2011. Neste contexto, a proposta de retirada de 12 mil soldados, lançada domingo, é considerada o primeiro passo da grande ação. Barack Obama disse, em fevereiro, que a Casa Branca revisou a estratégia contra o Iraque e a situação econômica, militar e de segurança não permitem a continuidade de guerra no país do Oriente Médio. Os EUA vão pôr fim à guerra com responsabilidade e transferiu-se a segurança absoluta para os iraquianos, declarou Obama.
Freqüentes ataques ainda têm ocorrido no Iraque. Horas antes da declaração do exército norte-americano, domingo, ocorreu uma explosão suicida ao lado do Instituto de Polícia de Bagdá, no leste da cidade, matando pelo menos 32 pessoas e ferindo mais de 60. Este foi o segundo ataque terrorista no mesmo local. No mesmo dia, aconteceram na capital iraquiana, outros ataques de explosão. De acordo com dados recentes do governo de Bagdá, 191 pessoas morreram em ataques violentos em janeiro e, em fevereiro, o número cresceu para 258, o que mostra o agravamento da segurança no Iraque após a eleição regional, realizada no dia 31 de janeiro.
De outro lado, para David Perkins, porta-voz militar norte-americano, o índice de violência no país baixou em 90% e houve notável melhoria na situação de segurança no Iraque. No entanto, os terroristas, incluindo Al-Qaeda, ainda pretendem prejudicar a ordem social. Os ataques recentes vieram com características do Al-Qaeda, e mostraram a desesperança.
O ministro de Defesa norte-americano, Robert Gates, sugeriu que se Bagdá pedir, o país deve estar disposto a manter um número adequado de soldados no Iraque para garantir a segurança após 2010. No entanto, o porta-voz do governo iraquiano, Ali AL-Dabbagh, eliminou a possibilidade na coletiva de ontem. Para ele, mesmo com os recentes ataques terroristas, Bagdá não vai considerar permitir a presença de tropas estrangeiras depois de 2011. Ele acredita que a tropa de segurança do Iraque, que ainda está sendo formada, terá capacidade suficiente de salvaguardar independentemente a segurança e ordem social.
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