A comunidade internacional condenou nesta segunda-feira o assassinato do presidente da Guiné-Bissau, João Bernado Vieira, e pediu ao país do oeste africano para que mantenha a ordem constitucional.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, condenou fortemente o crime, que aconteceu "logo depois das eleições legislativas bem-sucedidas que abriram caminho para a ONU aumentar o apoio aos esforços de pacificação do país", disse a porta-voz da ONU Marie Okabe a repórteres em Nova York.
Ban, que atualmente visita a África, pediu às autoridades da Guiné-Bissau que "mantenham a ordem constitucional e o cumprimento da lei neste momento crítico".
O presidente da Guiné-Bissau foi alvejado no início desta segunda-feira por soldados aparentemente em vingança contra um ataque a bomba um dia antes que matou o general Batista Tagmé Na Waié, rival político e militar de longo tempo.
Os Estados Unidos "condenaram fortemente a violência," e "pediram serenidade para todos os partidos na Guiné-Bissau para que respeitem o cumprimento da lei e sigam a ordem constitucional estabelecida relativa à sucessão", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Robert Wood, em um comunicado.
A União Europeia (UE) também criticou o assassinato.
"Os ataques ocorrem quando há um maior envolvimento da UE e da comunidade internacional na construção de uma Guiné-Bissau democrática e estável".
A República Tcheca, que ocupa a presidência rotativa da UE, disse em um comunicado que "a UE pede a todas as autoridades políticas e militares para que haja restrição máxima no país a fim de garantir o retorno à estabilidade e ao processo democrático".
Ao mesmo tempo, a União Africana (UA) condenou o assassinato "nas condições mais fortes", descrevendo os ataques como "covardes e odiosos".
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