
Li Zhaoxing, porta-voz da 2ª sessão da Assembléia Popular Nacional (APN) da China, encontro anual do órgão legislativo do país, concedeu na manhã de hoje (4) uma coletiva à imprensa, respondendo a questões sobre os preparativos e a agenda da reunião.
Segundo o porta-voz, a sessão anual da APN deste ano começará amanhã de manhã e durará oito dias e meio. A agenda incluirá apresentação e deliberação do relatório de trabalho do governo, deliberação e aprovação dos relatórios de planejamento e de orçamento, assim como apresentação e deliberação do relatório de trabalho do Comitê Permanente da APN.
A 2ª sessão da APN será realizada no cenário do alastramento da crise financeira internacional, que também afetou a economia chinesa. Para manter o crescimento, o governo chinês lançou no final do ano passado um pacote de estímulo de 4 trilhões de yuans. Quanto ao papel de supervisão da APN no uso desses recursos, Li disse:
"O investimento de 4 trilhões de yuans inclui os 1,18 trilhões de yuans que o governo central planeja liberar em dois anos e as verbas de governos locais e sociais incentivadas pelo investimento central. A parte do governo central foi incluída no orçamento nacional e deve ser aprovada pela APN. Um dos assuntos mais importantes da sessão anual é a aprovação do plano de desenvolvimento socioeconômico da China e o orçamento para 2009."

Li revelou que a China adotou várias medidas para evitar as construções supérfluas e o investimento de baixo nível, a saber, definir a direção do investimento de forma científica, selecionar projetos competitivos e reforçar o monitoramento.
Como o supremo órgão de poder e legislativo da China, a APN obteve avanços visíveis na legislação científica e democrática, diz o porta-voz. Até o final de janeiro, a China tinha 231 leis vigentes e um sistema jurídico com características chinesas havia sido formado no país. A supervisão da APN do poder administrativo tem sido fomentada e a justiça judicial foi garantida.
Para Li, a reforma do sistema político da China também conseguiu êxitos notáveis. A reforma corresponde à situação do país e se adapta à demanda do desenvolvimento econômico. Ele comentou:
"Sempre consideramos que não haverá modernização social sem democracia. No entanto, a reforma que estamos realizando não é aquela esperada por alguns políticos ocidentais. É um auto-aprimoramento, um auto-desenvolvimento com características chinesas."
O funcionário diz que, em comparação com o nível do desenvolvimento socioeconômico, o sistema político do país ainda requer aperfeiçoamento. A China vai continuar ampliando sua democracia popular e básica e implementando o estado de direito, assim como acelerando a reforma do sistema administrativo e a melhoria do sistema de supervisão.

Falando sobre os possíveis efeitos da crise financeira global sobre as assistências ao exterior, Li afirmou que a China atribui um valor ainda maior às cooperações com as nações em desenvolvimento diante das dificuldades trazidas pela crise a esses países:
"A China tem um provérbio que diz 'os amigos se conhecem na necessidade'. Não apenas não diminuímos o nível de cooperação com os países em desenvolvimento, como também aumentamos a assistência a eles dentro de nosso alcance e cumprimos os acordos de colaboração."
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