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Governo interino da Guiné-Bissau enfrenta grandes desafios
2009-03-04 15:17:52    cri

O presidente do parlamento da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, tomou posse ontem (3) como presidente interino do país, um dia depois do assassinato do presidente João Bernardo Vieira. A comunidade internacional acompanha com atenção o desempenho de Pereira para saber se, durante seu curto mandato, ele terá sucesso na estabilização do país e na transferência de poder.

Ontem, a atmosfera na Guiné-Bissau era de calma e a população voltava retomava a rotina, mas nada disso pode encobrir o risco de crise. Os militares comprometeram-se a deixar que Pereira assuma como presidente interino, mas ainda existe desconfiança entre o parlamento e as forças armadas. O juramento de Pereira urgiu os militares a cumprir as promessas e respeitar o governo eleito pelo povo. De acordo com a Constituição da Guiné-Bissau, Pereira deve convocar eleições dentro de dois meses. No entanto, analistas consideram que isto só é possível em tese, pois os assassinatos do presidente Vieira e do chefe do Estado Maior das forças armadas Na Wai causou um vácuo de poder no país e o prazo de dois meses para a preparação da eleição é muito curto. Para Pereira, o mais importante é a cooperação e o apoio dos militares na garantia da estabilidade e do bom andamento das eleições. Por isso, os próximos dois meses oferecerão uma dura prova para a capacidade administrativa do governo interino.

O aprofundamento da investigação dos assassinatos de Na Wai e Vieira fez surgir novas suspeitas. Há indícios de que um grupo internacional de tráfico de drogas pode estar envolvido nos dois assassinatos. O chefe do Estado-Maior Geral das forças armadas morreu vítima de uma explosão no quartel-general. Especialistas apontam que as armas usadas em assassinatos nos países da África Ocidental geralmente são pistolas. O chefe da delegação da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (ECOWAS) na Guiné-Bissau e também chanceler do Senegal, Cheik Tidiane Gadio, afirmou que este foi o primeiro caso de assassinato a bomba num país da África Ocidental. Ele disse que a ECOWAS vai investigar os motivos da morte de Vieira e Na Wai. Para o professor Ogaba Oche, do Instituto de Relações Internacionais da Nigéria, o mais preocupante é que os grupos de narcotráfico da América do Sul já participaram de disputas de poder na Guiné-Bissau e manipularam a direção política do país. Ele assinalou, que com a divulgação do resultado da investigação sobre a morte dos dois líderes em breve, a sociedade guineense pode enfrentar uma nova escalada de violência e instabilidade.

A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo. Após sucessivos golpes de estado e muitos anos de guerra civil, a população vive em condições precárias e tem na exportação de castanha de caju a única fonte de divisas. Por isso, o povo guineense espera que os dirigentes possam melhorar a situação do país. De acordo com os especialistas, o governo interino de Pereira precisa da ajuda e do apoio da comunidade internacional do contrário, terá mais dificuldade em controlar a situação. Quando necessário, a ECOWAS, a União Africana (UA) e outras organizações internacionais podem enviar tropas de paz para defender a estabilidade social e o bom andamento das eleições. As delegações enviadas pela ECOWAS e pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) já chegaram à Guiné-Bissau e realizaram conversações com o presidente interino. A UA também vai designar enviados especiais para ajudar o governo interino e prevenir o agravamento da situação.

 
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