A China divulgou ontem (26) o Relatório de Recorde de Direitos Humanos nos EUA em 2008, em retaliação ao Relatório de Países sobre a Prática de Direitos Humanos, recém-emitido pelos EUA. Durante anos, os EUA lançam esse tipo de relatório, criticando as condições de direitos humanos de mais de 190 países e regiões do mundo.
Sobre o assunto, a Rádio Internacional da China entrevistou o vice-diretor do Gabinete de Imprensa do Conselho de Estado, Wang Jinjun, e o vice-diretor do Instituto de Direitos Humanos da China, Chen Shiqiu. Eles falaram sobre o motivo do relatório chinês e os resultados da prática de critério duplo dos EUA.
Esta é a 10ª vez que a China divulga o relatório sobre a situação de direitos humanos nos EUA em resposta à ação norte-americana. Wang Jinjun disse que a China quer apresentar ao mundo a situação real de direitos humanos nos EUA e urgir o país a refletir em sua conduta inapropriada.
"O relatório norte-americano faz avaliações e até críticas à situação de direitos humanos de mais de 190 países e regiões, incluindo a China., mas não tem uma palavra sobre o mau recorde próprio. Por isso, para preencher o 'espaço', elaboramos todos os anos o relatório sobre os direitos humanos dos EUA."
O outro entrevistado Chen Shiqiu destacou que a ação dos EUA viola gravemente a lei internacional.
"A conduta é uma violação severa aos direitos humanos da lei internacional. Um documento da ONU estipula que os países não devem interferir em assuntos alheios sob o pretexto de direitos humanos. A ação também não corresponde à vontade da comunidade internacional."
Durante muito tempo, os EUA se posicionaram acima de outras nações. O país emite anualmente o Relatório de Países sobre a Prática de Humanos Direitos para criticar as condições de direitos humanos em outros países, usando-o como uma ferramenta para interferir e demonizar outras nações, mas negligenciando os problemas próprios. Sobre isso, Wang disse:
"A situação grave de direitos humanos dos EUA 'lidera' no mundo em muitos aspectos, por exemplo, discriminação racial, maus tratos a prisioneiros. A situação de direitos de mulheres e crianças e de direitos civis também não é tão perfeita como alardeia."
A ação dos EUA é um testemunho dos padrões duplos e hipocrisia do país ao lidar com os assuntos de direitos humanos e desencadeou oposição de muitos países. Para Chen Shiqiu, o objetivo é interferir em assuntos internos de outras nações:
"As influências serão negativas e só poderão revelar a interferência dos EUA em assuntos alheios sob o pretexto de direitos humanos. O fato de aplicar padrões duplos e tomar os direitos humanos como um meio diplomático é apenas uma ação de voltar o feitiço contra o feiticeiro."
Wang Jinjun ponderou que os EUA querem agir como guardião dos direitos humanos e polícia mundial, e impor seus conceitos e critérios a outros países. Isso é hegemonia e não será aceita pela comunidade internacional.
"Todos os países dão atenção ao desenvolvimento de direitos humanos e vão tomar decisões com base na própria situação sócio-econômica."
Além disso, Chen Shiqiu assinalou que as disputas em direitos humanos entre a China e os EUA não devem impedir o desenvolvimento saudável das relações sino-norte-americanas.
"A China e os EUA têm coisas mais importantes do que os direitos humanos, o que se relaciona à cooperação estratégica bilateral. A questão de direitos humanos deve ser minimizada, o que é uma opção sábia."
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