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Tribunal de Paris indefere pedido de proibição do leilão de relíquias perdidas do Jardim Yuanmingyuan
2009-02-24 16:03:55    cri
O Tribunal de Grande Instância de Paris indeferiu ontem (23) o pedido de proibição do leilão de duas esculturas de bronze perdidas do Jardim Yuanmingyuan, da capital chinesa Beijing, apresentado pela Associação para a Proteção da Arte Chinesa na Europa (APACE, na sigla em inglês).

As duas relíquias de bronze, a cabeça de rato e a de coelho, integram a exposição da coleção privada de artes do designer francês Yves Saint Laurent e seu sócio Pierre Bergé, agendadas para serem leiloadas na Christie's amanhã.

Com valor estimado em 200 milhões de yuans, as duas esculturas de bronze a serem leiloadas ficavam na Fonte Zodíaca do jardim imperial chinês Yuanmingyuan, da dinastia Qing. Os proprietários legais das relíquias são Yves Saint Laurent e Pierre Bergé.

Após a Christie's anunciar, no ano passado, o leilão das duas esculturas, cerca de cem advogados chineses organizaram uma delegação e pediram que a APACE fizesse uma apelação para impedir o leilão das relíquias. No entanto, o Tribunal de Grande Instância de Paris indeferiu o pedido dizendo que a APACE não podia representar a China, nem os interesses públicos.

Após a divulgação do resultado do julgamento, o advogado da APACE, Romuald Sayagh, disse que o indeferimento do pedido mostra a ineficiência das leis sobre artigos de arte da França:

"O julgamento foi muito importante, já que mostra que as leis francesas têm muitas ineficiências na proteção de artigos de arte. Não tenho dúvida da sinceridade de Yves Saint Laurent e Pierre Bergé. Mas acho que as leis francesas são ineficientes e não podem proteger esses tesouros preciosos."

Liu Yang, chefe da delegação de advogados chineses que pediu à APACE para entrar com o processo jurídico, disse que sua equipe vai tomar novas medidas para recuperar as relíquias perdidas:

"Apesar de fracassar no processo, ainda somos gloriosos porque em Paris, na França, neste salão solene, os chineses apresentaram sua voz de indignação e fizeram-nos saber como os artigos chegaram ao lugar. Não posso representar o governo chinês e só os compatriotas meus. A meu ver, se os tesouros forem leiloados, vamos continuar lutando até conseguirmos justiça."

Segundo as informações, existem três meios para demandar as relíquias perdidas no exterior: compra, presente e demanda. O porta-voz do Jardim Yuanmingyuan explicou as vantagens e desvantagens desses meios:

"Primeiro, não concordamos com a entrada no mercado de leilão das relíquias perdidas do Jardim Yuanmingyuan. Também não concordamos com a compra de volta dos artigos, quer dizer comprar os tesouros preciosos da China roubados por outros. Os meios diplomáticos e legítimos para devolver as relíquias ao local de origem são os mais apropriados."

Na realidade, as duas esculturas de bronze do Jardim Yuanmingyuan constituem apenas um exemplo das relíquias chinesas perdidas no exterior. Segundo as estatísticas incompletas da Unesco, a China tem 1,64 milhão de relíquias espalhadas em mais de 200 museus de 47 países. As relíquias chinesas perdidas, incluindo as coletadas por entidades e pessoas não oficiais, somam 17 milhões de unidades, muito acima do número das existentes no país.

Outras nações como Iraque, Irã e Egito também enfrentam este problema. Para muitos especialistas, a resolução da questão requer a assinatura de acordos entre os países envolvidos e a ação coordenada entre as nações que enfrentam o mesmo problema.

 
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