A China tem cerca de 130 milhões de trabalhadores migrantes da zona rural que trabalham nas cidades. Devido aos impactos da crise financeira internacional, a demanda das empresas diminuiu e 20 milhões de trabalhadores migrantes foram demitidos ou não conseguem encontrar um emprego.
Para lidar com a situação, os órgãos centrais e locais do governo chinês divulgaram uma série de medidas para empregar mais trabalhadores migrantes e aumentar os postos de emprego nos projetos de construção infraestrutural e trabalhos de bem-estar social.
Com a crise financeira internacional, algumas empresas chinesas começaram a enfrentar dificuldades operacionais e diminuição da demanda por trabalhadores. As de pequeno e médio porte são as mais influenciadas. Essa parcela de empresas concentra muitos trabalhadores migrantes rurais.
O ministro de Recursos Humanos e Seguridade Social da China, Yin Weimin, disse que, para estabilizar os postos dos trabalhadores migrantes rurais e promover o emprego, a China vai diminuir os encargos para essas empresas e encorajá-las a minimizar a demissão:
"Permitir às empresas com dificuldades o atraso no pagamento de seguros sociais, diminuir passo a passo o gasto desses seguros e encorajar as empresas a realizar formações profissionalizantes."
De acordo com Yin, o Ministério lançou no início do ano a série de programas "Vento da Primavera", que visa beneficiar os trabalhadores migrantes rurais e mão de obra excedente do campo. Serão organizadas atividades de capacitação profissional para o público em geral. Os programas também incluem a promoção de exportação de mão de obra e a criação de mais postos de trabalho nos projetos de construção infraestrutural.
Feiras de recrutamento também têm sido realizadas em diversas regiões da China. Li Jincai, da zona rural da província de Hubei, trabalhou três anos em uma fábrica de eletrônicos de Guangdong e perdeu o emprego devido à crise financeira. Para encontrar um novo emprego mais cedo possível, ele reduziu sua pretensão salarial. O rapaz encontrou um novo emprego em uma feira de recrutamento. Ele afirmou:
"Não tenho uma pretensão salarial muito alta. Ganhar mil yuans por mês já basta. O mais importante agora é ter um emprego."
As autoridades locais da China também estão organizando a busca de emprego no exterior e oferecem diferentes tipos de capacitação profissional para elevar a qualificação dos trabalhadores.
O vice-presidente da Federação de Sindicatos da China, Wang Jiong, disse que a entidade vai realizar várias atividades de assistência de emprego para os trabalhadores migrantes regressados, a fim de ajudá-los a abrir seus próprios negócios:
"Entidades sindicais de capacitação profissional das províncias com maior potencial de exportação de mão de obra vão cooperar com as empresas para formar mais trabalhadores qualificados. As autoridades locais também vão ajudar os que têm a vontade de criar seus próprios negócios. Serão divulgadas políticas de incentivo para auxiliá-los, como concessão de microcréditos e a resolução de dificuldades tecnológicas e financeiras."
Além disso, muitas regiões da China já passaram a tomar como prioridade o estímulo ao empreendedorismo dos trabalhadores migrantes regressados. Medidas como conveniências na concessão de empréstimos, redução e isenção de impostos, registros comerciais e industriais e fornecimento de informações foram adotadas para promover o emprego dos trabalhadores migrantes da zona rural.
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