A crise financeira, iniciada na Wall Street, nos EUA, alastrou-se em 2008, causando uma desaceleração notável do crescimento econômico mundial. A economia chinesa também foi influenciada e apresentou a tendência de desaceleração. Durante a recepção, Xi falou sobre a situação atual da economia chinesa e as dificuldades que ela enfrenta.

"Em 2008, a China foi atingida por uma série de grandes calamidades naturais. Com a influência da crise financeira, a pressão assimétrica da economia chinesa aumentou e o ritmo da exportação começou a cair. As dificuldades da operação e da renda das empresas se intensificaram e a situação de emprego e seguridade social é grave."

Para enfrentar as questões e manter a estabilidade da economia chinesa, o governo decidiu reajustar o foco do controle macroeconômico para a ampliação da demanda doméstica e a promoção do crescimento da economia. O país passou a adotar uma política financeira ativa e uma política monetária moderadamente relaxada.

Foram anunciadas dez medidas de estímulo econômico, que cobrem as áreas de construção de residências para a população carente, aprimoramento das condições de saúde e educação, construção da infraestrutura rural e projetos de ferrovias e estradas, assim como apoio às indústrias de alta-tecnologia. A política vai absorver 4 trilhões de yuans de investimento antes do final de 2010, o que vai não apenas ajudar a reforçar a confiança no crescimento econômico da China, como também dar esperança à economia mundial. Xi disse que a base do desenvolvimento econômico da China não foi alterada.

"Tenho a confiança de manter o crescimento ao ampliar a demanda doméstica e reajustar a estrutura econômica. Esta é a medida mais importante da China para responder à crise financeira e vai trazer contribuições à estabilidade econômica e financeira do mundo."

Diante da crise financeira global, a China também dá mais atenção às cooperações internacionais. Os dirigentes prometeram em diferentes ocasiões que a China agirá com uma atitude responsável para garantir um crescimento estável e relativamente rápido da economia nacional e contribuirá para a estabilidade financeira do mundo. O país apóia o aumento das organizações financeiras internacionais aos países em desenvolvimento. Durante o discurso de ontem, o vice-presidente voltou a ressaltar o ponto de vista da China:

"Ao lidar com a crise financeira, a comunidade internacional deve se esforçar para diminuir os prejuízos aos países em desenvolvimento, ajudá-los a manter a estabilidade financeira e o crescimento econômico e cumprir as Metas do Milênio. É preciso manter e incrementar as assistências às nações em desenvolvimento e aumentar sua representatividade no cenário internacional."

A China incorporou-se em janeiro ao Banco Interamericano de Desenvolvimento, onde investiu US$ 350 milhões. Durante o encontro com o vice-presidente chinês, o presidente colombiano Álvaro Uribe elogiou a ação da China, considerando que, diante da crise financeira global, isso tem um significado muito importante para as nações da região. Sobre o comentário de Uribe, Xi avaliou:

"Na complexa situação econômica internacional, a China e a Colômbia devem reforçar seus contatos e enfrentar os desafios em conjunto, a fim de manter a boa tendência da cooperação econômica e comercial dos dois países."