O presidente chinês Hu Jintao compareceu hoje (16) em Dar-es-Salaam, capital da Tanzânia, à recepção de boas-vindas ao país africano. Durante o evento, Hu proferiu um importante discurso sobre as relações sino-africanas. Ele ressaltou que tanto no passado, quanto no momento atual e no futuro, o povo chinês sempre valoriza a amizade tradicional com a África e toma o povo africano como amigo confiável e fiável. O povo chinês quer ser, para sempre, um irmão e bom amigo da África, disse o presidente.
No discurso, intitulado "Escrevendo juntos um novo capítulo da amizade sino-africana", Hu fez uma retrospectiva da amizade tradicional entre as duas partes de mais de meio século. Ele disse que adversidades semelhantes e objetivos comuns fizeram com que os destinos do povo chinês e do povo africano se ligassem intimamente e os laços sino-africanos resistissem às provas do tempo e das mudanças internacionais.
Durante a Cúpula de Beijing do Fórum de Cooperação China-África, os líderes dos dois lados concordaram sobre o desenvolvimento da nova parceria bilateral, fundamentada na igualdade e na reciprocidade da confiança política, do benefício econômico e do conhecimento cultural. A iniciativa abriu uma nova página na história das relações sino-africanas.
Desde a realização da Cúpula de Beijing, o governo chinês tem reforçado as cooperações pragmáticas com a África e se esforçado para implementar as oito medidas de apoio ao desenvolvimento dos países do continente. Os trabalhos trouxeram benefícios reais aos africanos e abriram um futuro mais promissor das colaborações sino-africanas.
Hu disse que a busca de paz, desenvolvimento e cooperação já se tornou a corrente principal do mundo contemporâneo e que a conjuntura internacional se mantém estável de modo geral. Ao mesmo tempo, porém, incertezas e fatores de instabilidade nas áreas de política e economia vêm aumentando. Diante da situação ainda mais desfavorável que os países em desenvolvimento enfrentam na atual crise global, os povos da China e da África devem se apoiar para superar em conjunto as dificuldades.
Segundo o presidente, a China quer fortalecer cooperações com a África em seis aspectos. Primeiro, reforçar a solidariedade e a união para enfrentar juntos os desafios da crise financeira internacional. Ele disse que a China vai aplicar com seriedade as medidas definidas na Cúpula de Beijing, continuar fornecendo assistência à África dentro de seu alcance e ampliando o comércio e o investimento no continente.
Segundo, consolidar a confiança política mútua e fortalecer a base política da amizade tradicional. A China quer intensificar os contacos de alto nível com a África e o diálogo de diversos níveis. A China apoia os esforços dos países africanos e da União Africana para proteger a soberania nacional e resolver de maneira independente as questões regionais.
Terceiro, continuar elevando o nível das colaborações econômicas e comerciais com a África.
Quarto, ampliar os intercâmbios e cooperações na área cultural.
Quinto, fortalecer as coordenações em questões internacionais.
Sexto, promover a construção do Fórum de Cooperação China-África e tomar o mecanismo como orientador político nos laços bilaterais.
Hu Jintao assinalou que a amizade sino-africana é resultado de longos esforços de ambas as partes e que o futuro dessa amizade deve ser aberto pelos jovens. De acordo com o dirigente, a China convidará 50 estudantes tanzanianos para uma visita de intercâmbio ao país. Beijing vai trabalhar junto com a África para intensificar os contatos entre os jovens.
Líderes e altos funcionários da Tanzânia, incluindo o presidente Jakaya Kikwete, participaram da recepção, junto com 1.200 personalidades de diversos círculos sociais.
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