O presidente chinês, Hu Jintao, está em visita oficial pela África. Com o alastramento das influências da crise financeira, os laços econômicos e comerciais sino-africanos despertaram muita atenção.
O alto funcionário do Departamento dos Assuntos do Oeste Asiático e Norte Africano da chancelaria chinesa, Lin Pei, concedeu recentemente uma entrevista à Rádio Internacional da China, falando sobre as relações econômicas e comerciais entre a China e o continente. Ele disse que, nos últimos anos, a China vai continuar implementando as oito medidas firmadas durante a Cúpula de Beijing do Fórum de Cooperação China-África, para ajudar o continente a lidar com a crise financeira.
A Cúpula de Beijing do Fórum de Cooperação China-África aconteceu em novembro de 2006, em Beijing. Durante o encontro, o presidente chinês, Hu Jintao, anunciou oito medidas para reforçar as cooperações sino-africanas e apoiar o desenvolvimento da África, que foram acolhidas pelos africanos.
Segundo Lin Pei, este ano é o último para a implementação destas iniciativas. Perante a crise financeira global, os países em desenvolvimento enfrentam cada dia mais pressão. A China vai continuar se esforçando para apoiar o desenvolvimento econômico da África.
"A China vai assegurar o acesso do continente africano à assistência e empréstimos e assegurar os capitais de seu desenvolvimento. Beijing também vai encorajar as empresas chinesas a ampliar o investimento na África e importar produtos do continente."
Segundo se informou, a China já quase isentou os países africanos mais subdesenvolvidos das dívidas que expiraram no final de 2005. A dimensão de produtos africanos beneficiados pela política de zero imposto também foi ampliada. Ao mesmo tempo, a China criou várias zonas de cooperação econômica na África para ajudar o continente a desenvolver sua indústria de manufatura.
A Zona de Cooperação Econômica e Comercial China-Zâmbia é a primeira área desse gênero estabelecida pela China na África. O vice-gerente da zona, Zan Baosen, afirmou que, até o final do ano passado, a zona já tinha dez empresas:
"No ano passado, a renda de venda da zona alcançou US$ 190 milhões e o investimento chegou a US$ 500 milhões. O volume de acordos já assinados somou US$ 70 milhões e foram criados 3.500 postos de trabalho."
As cooperações econômicas e comerciais não se limitaram às oito medidas propostas durante a Cúpula de Beijing do Fórum Econômico China-África e as cooperações bilaterais também conseguiram êxitos notáveis nas áreas como investimento e construção de infraestrutura.
O embaixador do Senegal na China, Papa Khalilou Fall, afirmou à Rádio Internacional da China que o investimento chinês é muito importante para a África:
"O investimento chinês é de muita importância para o Senegal. Espero que mais empresas chinesas entrem em nosso país. Ao desenvolver projetos de cooperação, a China também introduziu tecnologias à África. As cooperações sino-africanas são realmente de benefício mútuo."
Para Lin Pei, a base do desenvolvimento a longo prazo das colaborações econômicas e comerciais da África é a persistência nos princípios de sinceridade, igualdade e benefício recíproco. Os laços sino-africanos só poderão evoluir continuamente se os dois povos forem beneficiados pelas cooperações bilaterais. Ele considera que a visita do presidente chinês, Hu Jintao, vai contribuir para a promoção dos laços sino-africanos:
"As colaborações econômicas e comerciais entre a China e a África enfrentam tanto oportunidades de desenvolvimento sem precedentes, quanto desafios da retração da economia mundial. A visita do presidente Hu Jintao vai aprofundar as colaborações bilaterais em diversas áreas e consolidar a confiança para responder à crise financeira."
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