Na manhã de ontem, horário local, Hu Jintao foi conhecer a fábrica de cimento Riade, a 75 quilômetros da capital, construída pela empresa chinesa Sinoma International Engineering. Na sala de controle central, Hu perguntou a situação da operação da linha.

Os países do Oriente Médio dependem muito da importação de materiais de construção e a maioria dos países da região dá grande importância à capacidade de autosuficiência. O Sinoma, com tecnologias avançadas no mundo, já assinou acordos de construção de sete linhas com a Arábia Saudita. Atualmente, cinco delas já entraram em funcionamento. Após a entrada em funcionamento de todas as linhas, a produção vai representar 40% do volume total do país.

O assessor do gerente-geral da Empresa de Cimento de Riade, Naseeruddin Siddiquie, que acompanhou o presidente Hu durante a visita, afirmou à Rádio Internacional da China que está muito satisfeito com as cooperações com o Sinoma. Ele também elogiou a dedicação e a responsabilidade dos trabalhadores da parte chinesa:

"Nossas cooperações são ótimas. As colaborações começaram há quatro anos e já se tornaram um exemplo. Trabalhamos juntos, como uma equipe, e essa é a razão do nosso sucesso."

Nos últimos anos, as áreas de cooperações sino-sauditas não se limitaram a comércio, energia, empreiteiras e investimento mútuo. A ciência e a tecnologia também se tornaram domínios importantes de colaboração bilateral. Ontem, Hu Jintao também visitou o primeiro projeto após a assinatura do Acordo-Quadro de Cooperações Científicas e Tecnológicas entre os dois países, o Programa do Genoma de Tâmara.

A Tâmara é a planta mais importante na economia do Oriente Médio e do Norte Africano. A produção da Arábia Saudita corresponde a 15% do volume total mundial. Patrocinado pelo governo saudita, o Programa do Genoma de Tâmara é executado em conjunto pelo Instituto de Genoma de Beijing da Academia Chinesa de Ciências e a Arábia Saudita, e constitui o maior projeto do setor do país. Ele também foi uma opção estratégica essencial da Arábia Saudita para promover o desenvolvimento da biotecnologia.

O programa, que estuda o genoma da Tâmara, é voltado para prevenção e controle de doenças e insetos da planta e elevar sua qualidade e produção. O primeiro grupo de pesquisadores chineses, de 11 pessoas, já trabalha há seis meses na Arábia Saudita e as duas partes planejam concluir o projeto dentro de três anos e divulgar o quadro do genoma da tâmara ao mundo todo.

O responsável chinês pelo programa, Yu Jun, apresentou os planos de cooperação no futuro ao presidente Hu. Ele disse:

"Vamos criar um instituto conjunto, que servirá como uma plataforma de pesquisa permanente. O instituto visa elevar o nível de estudo das ciências de vida da Arábia Saudita. A Arábia Saudita ainda não possui um centro de pesquisas de ciências de vida de nível nacional e a China também não o tem. A China tem muitas informações na área de ciências de vida e, por isso, precisamos um centro de pesquisa para transformá-las em conhecimentos, para servir a sociedade. Além disso, temos muitos outros projetos de pesquisa.

Hu Jintao elogiou os esforços dos cientistas chineses. Falando sobre as cooperações científicas entre a China e a Arábia Saudita, ele avaliou:

"O governo chinês e o governo saudita dão muita atenção ao desenvolvimento da causa científica e atribui grande importância às cooperações bilaterais neste setor. Espero sinceramente que os cientistas dos dois países consigam grande sucesso no Programa de Genoma de Tâmara e promovam as colaborações científicas sino-sauditas."