O avião especial do presidente da China, Hu Jintao, saiu ao meio-dia de hoje do aeroporto de Beijing e começou a visita oficial à Arábia Saudita, Mali, Senegal, Tanzânia e Maurício. A viagem de oito dias aos países africanos e asiático é o primeiro giro do líder chinês no ano novo. Ouça a seguir a reportagem.
A Festa da Primavera é a maior festa da China e, nessa ocasião, visitar amigos é uma atividade muito importante para o povo chinês. Alguns dias após a Festa da Primavera, os países que Hu Jintao vai visitar são os amigos da China. Zhai Jun, adjunto de Chanceler chinês, apreciou as relações diplomáticas com estes cinco países. Ele afirmou:
"Desejamos aproveitar esta visita presidencial para consolidar a relação amistosa estratégica com a Arábia Saudita, impulsionar as cooperações coletivas com o Conselho de Cooperação do Golfo, promover a concretização de resultados conquistados na cúpula de Beijing, do Fórum de Cooperação Sino-Africana, intensificar ainda mais a relação de parceria estratégica do novo estilo, entre a China e África, reforçar as cooperações amistosas com os quatro países africanos e fomentar o desenvolvimento comum."
Sob a situação atual da crise financeira global, como enfrentamos o desafio comum será um dos tópicos em foco entre os líderes, ressaltou Zhai.
A Arábia Saudita é a primeira parada de Hu Jintao. Os dois países estabeleceram a relação diplomática há apenas 19 anos, mas possuem rápido desenvolvimento. Em 2006, a primeira visita ao exterior do Rei árabe, Abdullah Bin Abdul-Aziz, após assumir o cargo, foi a República Popular da China. Em abril do mesmo ano, o presidente chinês Hu Jintao também realizou a visita ao país do Oriente Médio. Hoje, os dois países já estabeleceram a relação de amizade estratégica. Em muitos anos, a Arábia Saudita tem sido o maior parceiro comercial da China no Oriente Médio, e também é o maior exportador de petróleo para a China. Na entrevista, o adjunto do chanceler chinês falou muito além das cooperações energéticas. Para ele, os dois países realizaram amplas cooperações nos campos de infra-estrutura, educação e cultura, e revelou que Hu Jintao vai visitar a linha de produção de cimento no país, fabricada pelas empresas chinesas. Além disso, Hu Jintao também vai se reunir, na Arábia Saudita, com o secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo, Abdul Rahman AL-Attiyah.
O desenvolvimento da relação sino-africana atrai sempre muita atenção do mundo. A primeira visita do chanceler chinês, todos os anos, é sempre um país africano e este já se tornou um costume entre os dois lados. Desde que Hu Jintao assumiu o cargo presidencial da China, esta será a quarta visita ao continente africano. Xu Weizhong, do Instituto de Relações Internacionais Modernas da China, falou à reportagem que Hu Jintao vai visitar os "velhos amigos", tais como Mali, Tanzânia e Maurício, e também visitará Senegal, que é um "novo amigo". Isto representa que a relação sino-africana entrou na etapa de desenvolvimento completo. Ele frisou que nenhum dos quatro países africanos é rico em recursos naturais e, isto mostra que a China não busca apenas as cooperações energéticas no continente africano.
"este ano é o ano de resumo do Fórum de Cooperação Sino-Africano, e também de nova planificação. Além disso, a crise financeira prejudicou tanto a China quanto a África, e nesta altura, podemos intensificar ainda mais a cooperação sul-sul para enfrentar a crise global, e este é um aspecto importante da visita do presidente. Por último, as duas partes devem lançar novas medidas para resolver os novos problemas."
Segundo fontes oficiais, as oito medidas lançadas na cúpula de Beijing de 2006, do Fórum de Cooperação Sino-Africana, estão sendo concretizadas com sucesso e estabilidade. A China já isentou os impostos alfandegários aos produtos importados dos países menos desenvolvidos africanos, e também uma parte das dívidas de alguns países menos desenvolvidos. O Fundo do Desenvolvimento Sino-Africano foi inaugurado e os projetos de construção de infra-estrutura nos países africanos também estão progredindo.
Para o adjunto de chanceler chinês, Zhai Jun, a crise financeira mundial traz dificuldades às cooperações sino-africanas, mas Beijing esforça-se para diminuir o impacto ao mínimo. Ele disse:
"a China vai intensificar a concretização dos programas de construção na África, cumprir as promessas de assistência e continuar encorajando o investimento das empresas chinesas à África. Acredito que temos capacidade de superar os problemas."
No final, o pesquisador Xu Weizhong declarou que a primeira visita de Hu Jintao em 2009 representa a atenção da China em desenvolver as relações com os países em desenvolvimento:
"de fato, a política nos assuntos exteriores de Beijing é divida em quatro partes: diplomacia com maiores países, diplomacia com países vizinhos, diplomacia multilateral e diplomacia com países em desenvolvimento. O último é sempre considerado a base da política geral do governo."
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