A China tem atualmente cerca de 20 milhões de trabalhadores migrantes desempregados devido à má situação econômica. O número representa mais de 15% do total de trabalhadores migrantes do país. O governo central e os governos regionais estão adotando medidas positivas para ajudar o reemprego dessas pessoas.

O número de trabalhadores migrantes na China ultrapassa a casa de 130 milhões. Seus rendimentos ocupam uma percentagem significativa da renda global das famílias rurais. Desde o terceiro trimestre do ano passado, sob o impacto da crise financeira global, parte das empresas chinesas vêm enfrentando dificuldade de gerenciamento, reduzindo assim a demanda de mão-de-obra. Como consequência, muitos trabalhadores migrantes foram obrigados a voltar à terra natal. O vice-diretor do Departamento de Informação do Ministério de Recursos Humanos e Seguridade Social, Zhai Yanli, explicou:

"As zonas litorâneas do país, que antigamente atraíam grande número de trabalhadores migrantes, como a região do Golfo de Bohai, o delta do Rio Yangsté, o sudeste da província de Fujian e o delta do Rio das Pérolas, foram as mais atingidas pela crise financeira. Os setores mais influenciados são manufatura, serviços, hotelaria e construção civil."

Entre as várias medidas adotadas para estimular o emprego dos trabalhadores migrantes, o governo chinês pretende apoiar a abertura de negócios próprios pelos trabalhadores através de políticas favoráveis de empréstimos e impostos, implantar políticas de redução de encargos das empresas, garantir os atuais postos de emprego, prestar serviços de emprego e a formação técnica, contratar mais trabalhadores das zonas rurais na construção de infra-estrutura e publicar oportunamente as informações sobre emprego.

Os governos regionais e as organizações sindicais também estão adotando medidas. As províncias de Hubei, Liaoning, Gansu e Sichuan organizaram cursos de capacitação para trabalhadores migrantes.

Huang Yunfa, de 39 anos, voltou à terra natal há alguns dias e encontrou um novo trabalho na empresa Yihua, em Hubei, após três meses de formação. Ele disse:

"Trabalhando aqui posso ganhar 1.400 ou 1500 yuans por mês. Estou muito satisfeito com o novo emprego."

Jiangxi e Anhui organizaram várias reuniões de contratação exclusivas para os trabalhadores migrantes nas zonas rurais. Uma dessas reuniões, realizada no distrito de Wuhu, na província de Anhui, atraiu a participação de mais de 200 empresas e 60 mil candidatos.

Antigamente, as regiões do sudeste chinês eram o principal destino dos trabalhadores rurais após a festa do Ano Novo chinês. Este ano, com a mudança da situação econômica, mais operários se dirigem para o norte e o oeste. O repórter da CRI entrevistou alguns deles nas estações de ferrovias:

"Vou a Kunming."

"Vou a Shiyan, em Hubei."

"Vou a Xi'an"

"O que vai fazer em Xi'an?"

"Vou construir rodovias."

Zhai Yanli afirmou que, atualmente, o centro e o oeste do país possuem mais oportunidades de emprego. Ele disse:

"As indústrias estão se expandindo gradualmente da faixa costeira para interior do país. Muitas empresas recém-criadas têm demanda de mão-de-obra. Ao mesmo tempo, os projetos de infra-estrutura e de investimento no centro e no oeste também criaram grande quantidade de postos de trabalho. Além disso, essas regiões foram menos prejudicadas pela crise financeira internacional em comparação com a zona litorânea."