O premiê chinês, Wen Jiabao, participou ontem (28) da reunião anual do Fórum Econômico Mundial 2009 realizado em Davos, na Suíça, e fez discurso especial intitulado "Persistir na confiança e reforçar a cooperação para promover o novo crescimento econômico mundial". Ele explicou as medidas que a China está tomando para enfrentar a crise financeira internacional e exprimiu que o país tem confiança, condição e capacidade de continuar mantendo o desenvolvimento econômico rápido e estável e contribuir ativamente com a economia mundial. Wen Jiabao pediu que a comunidade internacional busque medidas essenciais para a solução desta crise por meio de confiança, cooperação e responsabilidades.
Diante do agravamento da crise financeira, a reunião anual do Fórum Econômico Mundial 2009 tem como tema "Reconstruir o mundo pós-crise". Mais de 2500 representantes de 96 países participaram da reunião. Trata-se da primeira participação de Wen Jiabao como primeiro-ministro chinês.
A convite do presidente do Fórum, Klaus Schwab, Wen Jiabao fez um discurso especial na reunião. Ele analisou as razões da crise financeira global e considera que devem ser tratadas com atenção as relações entre depósito e consumo, inovação e administração financeira, e economia virtual e economia do bloco e buscar políticas essenciais para resolver a crise.
Reconhecendo os impactos da crise na economia chinesa, Wen Jiabao explicou uma série de medidas adotadas pelo país para enfrentar a crise. A China já tratou de ampliar a demanda doméstica como base da promoção do crescimento econômico, combinou a superação das dificuldades com o desenvolvimento a longo prazo, reajustou a orientação das políticas macroscópicas. Segundo Wen Jiabao , o país também aplicou medidas financeiras ativas e políticas monetárias adequadas, e elaborou dez medidas para aumentar a demanda doméstica e um pacote de dois anos de 4 trilhões de yuans, formando uma séries de planos para impulsionar o desenvolvimento econômico. Por isso, enfrentando as dúvidas da imprensa internacional sobre a situação econômica da China, Wen Jiabao respondeu claramente:
"A economia chinesa pode continuar mantendo desenvolvimento rápido e estável ou não? Algumas pessoas têm dúvida sobre isso e eu posso dar uma resposta positiva a todos: Temos bastante confiança sobre isso. Temos confiança, condição e capacidade completa de manter o desenvolvimento econômico rápido e estável e continuar contribuindo com a economia munidal."
Wen Jiabao disse que para superar esta crise, vai depender da confiança, cooperação e responsabilidades. Ele salientou que a crise financeira está testando a sinceridade e nível de reforço de cooperação da comunidade internacional e a inteligência de todos e que os governos dos diversos países ao assumir suas responsabilidades tem grande influência à estabilidade da ordem financeira e prevenção dos impactos da crise à economia do bloco. Ele acrescentou que os países devem concretizar os amplos consensos chegados na cúpula do G20 sobre o mercado financeiro e economia mundial, tomar medidas mais eficazes para superar as dificuldades e promover o estabelecimento da nova ordem econômica global justa, razoável, saudável e estável. Wen Jibao apresentou cinco sugestões:
"Primeiro, aprofundar a cooperação econômica e comercial internacional e promover o desenvolvimento saudável do sistema comercial multilateral. Segundo, promover a reforma do sistema financeiro global e acelerar a fundação da nova ordem financeira internacional. Terceiro, reforçar cooperação da administração financeira mundial e prevenir o acontecimento e agravamento dos riscos financeiros. Quarto, proteger os interesses estatais dos países em desenvolvimento e promover o desenvolvimento econômico comum do mundo. Quinto, coordenar e enfrentar, juntos, os desafios dos problemas mundiais e construir o belo lar comum da humanidade."
O discurso do primeiro-ministro chinês foi elogiado pelos participantes da reunião. Schwab disse que o premiê Wen Jiabao trouxe confiança e esperança para o Fórum. O vice-presidente de alto nível do Banco Mundial e economista em chefe, Lin Yifu, considera que o discurso do premiê foi prático e as medidas chinesas devem servir de exemplo para outros países e que o desenvolvimento rápido e estável da economia chinesa favorecerá a economia mundial.
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