Barack Obama se tornou, nesta terça-feira, o 44º presidente dos Estados Unidos em uma cerimônia acompanhada por milhões de pessoas em Washington. Ele prestou juramento em uma plataforma em frente ao Capitólio, a sede do Legislativo federal. Após o juramento, Obama fez o seu primeiro discurso como presidente. As atividades de celebração continuaram até a madrugada.
A razão principal da grande paixão do povo norte-americano por Obama é sua política de "reforma" apresentada durante a campanha. Os Estados Unidos estão enfrentando diversas crises e o povo espera superar as dificuldades sob a liderança de Obama. Mas, o discurso do novo presidente não mencionou a reforma com tanta frequência como durante a campanha, o que demonstra a tendência da administração Obama.
De acordo com o discurso de Obama, o novo governo vai promover a reforma nos assuntos internos. O maior desafio do país é a crise financeira e Obama enfatizou que "a situação econômica precisa de uma ação corajosa e rápida". Ele exprimiu que vai aumentar o investimento na construção da infra-estrutura para reativar o crescimento econômico, mas ponderou que também vai investir os fundos nas aéreas dos sistemas de educação e tratamento médico e da exploração de nova energia, além da construção das estradas e pontes, diferente das políticas do governo Bush.
Quanto ao exterior, as políticas de Obama também têm mudanças evidentes. Comparado ao unilateralismo de Bush, Obama sublinhou que vai procurar um novo modo de desenvolver as relações com os países islâmicos, na base de respeito mútuo e benefício recíproco além de reforçar a ajuda aos países pobres. Ele ainda disse que vai encerrar a guerra do Iraque, que é considerada uma "ferida dura" de Bush.
Por outro lado, Obama enfatizou a "reforma" na eleição, mas depois de ser eleito, reduziu a atenção neste aspecto. Analistas consideram que, segundo as necessidades dos interesses práticos do país, a "reforma" de Obama é limitada, o que é claramente percebido em seu discurso e tem pontos de vista semelhantes ao do governo Bush. Sobre as políticas domésticas, Obama expressou que vai reconstruir a confiança do povo no mercado, que também é opinião de Bush. Os dois governos colocaram o combate contra a crise financeira como suas primeiras tarefas, e assim como Bush, Obama deverá adotar medidas de socorro ao mercado, com o aumento da quantidade de investimento, reforço da flexibilidade do mercado financeiro e fortalecimento da infra-estrutura, para estimular a demanda doméstica. Quanto às políticas externas, Obama presta grande atenção na campanha anti-terrorismo e disse que vai combater a Al-Qaeda e o Taliban, o que também corresponde às políticas do governo Bush.
No entanto, os analistas políticos dizem que é possível ver a tendência do novo governo norte-americano, de acordo com o discurso de Obama. Somente quando ele começar a administrar o mais forte país do mundo, poderá promover realmente suas mudanças. Mas, suas políticas e até mesmo o conceito de administração vão ter que se reajustar de acordo com a situação real. Especialistas ponderam que as pessoas talvez não verão as mudanças tão rapidamente, pois será preciso um bom tempo para neutralizar a influência da crise financeira. As políticas externas do país sem mudanças radicais também não vão satisfazer os países aliados dos EUA, que querem se livrar da sombra da guerra e reduzir investimento no Afeganistão, acrescentaram os especialistas. Provavelmente por isso, Obama salientou no seu discurso a esperança, coragem e união para ganhar amplo apoio do povo.
|