Com o impacto da crise financeira internacional, a China vai enfrentar uma situação grave de emprego em 2009. A adoção de uma política mais ativa, a promoção do emprego em todos os aspectos e a manutenção da estabilidade são tarefas prioritárias do governo chinês este ano. O ministro de Recursos Humanos e Seguridade Social, Yin Weimin, disse recentemente durante uma entrevista à Rádio Internacional da China que o país vai fazer esforços para manter em 4,6% a taxa de desemprego em 2009. Vamos à reportagem de hoje.
Influenciados pela crise financeira internacional, alguns setores e empresas vêm sofrendo dificuldades de operação, diminuição da demanda de empregados e aumento de demissões desde outubro do ano passado. Numerosos trabalhadores migrantes da zona rural foram obrigados a regressar a suas terras natais devido à falta de postos de trabalho. Ao mesmo tempo, o emprego de graduados universitários enfrentou dificuldades ainda maiores do que nos anos anteriores.
No final do ano passado, a China estabeleceu a meta para 2009, que é criar nove milhões de empregos nas cidades e manter a taxa de desemprego registrado da zona urbana dentro de 4,6%.
O ministro de Recursos Humanos e Seguridade Social, Yin Weimin, disse que para alcançar a meta é preciso tomar medidas concretas e dar prioridade ao emprego de graduados universitários, grupos com dificuldades e trabalhadores migrantes.
"As medidas incluem aplicar todos os meios viáveis para criar postos de trabalho, em combinação com a iniciativa de ampliar a demanda doméstica e manter o crescimento econômico, diminuir os encargos das empresas e encorajá-las a não reduzir o contingente de pessoal, reforçar os serviços para estimular o emprego e promover as formações profissionais."
Os órgãos do governo central também adotaram medidas para estabilizar a situação de emprego. Por exemplo, seis ministérios e comissões, incluindo os Ministérios de Recursos Humanos e Seguridade Social e da Educação, lançaram três séries de atividades que vão durar todo o ano. As atividades visam promover o emprego de graduados universitários, grupos com dificuldades, desempregados urbanos, famílias sem membros empregados e mãos de obra excedentes do campo.
Guo Xiangyuan, ministro-adjunto da Educação, reconheceu que não está otimista quanto à situação do emprego para os formandos universitários este ano. Adicionalmente, em relação ao ano de 2008, o número de formandos aumentou 520 mil, e este ano deve ser de 6,11 milhões de pessoas. Segundo ele, as autoridades locais da educação e as universidades vão fazer esforços nos seguintes aspectos de trabalho:
"Permitir o acesso dos graduados universitários aos serviços de emprego, coletar as informações de postos de trabalho e oferecer orientações e serviços mais convenientes, variados e efetivos."
O vice-presidente da Federação de Sindicatos da China, Wang Jiong, afirmou que a questão do emprego foi colocada no topo da agenda da entidade em 2009. Enquanto promove a implementação das leis de promoção de emprego e de contratos de trabalho, a Federação de Sindicatos da China vai participar e monitorar a aplicação das políticas relativas e impulsionar a melhoria do ambiente de emprego. Ele também apresentou propostas para a criação de mais postos de emprego para os trabalhadores migrantes e os desempregados:
"As entidades de profissionalização das províncias com maior êxodo de trabalhadores migrantes rurais devem cooperar com as empresas para realizar a formação profissional. É preciso criar políticas de incentivo para ajudar os desempregados com a vontade e a capacidade de abrir seus próprios negócios, oferecer-lhes empréstimos de pequeno porte e ajudá-los a superar as dificuldades técnicas e financeiras."
Além disso, as autoridades chinesas também vão direcionar a mão de obra excedente da zona rural para ocupar postos em empresas locais ou projetos de infraestrutura e continuar os levantamentos sobre a demanda de trabalhadores, assim como estabelecer um mecanismo para reforçar os contatos entre os lugares de exportação e de importação de mão de obra.
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