O presidente da Assembléia Geral, Miguel d'Escoto Brockmann, pediu que os países aprovem uma resolução para suspender imediatamente os conflitos na Faixa de Gaza.
Antes da reunião, o representante de Israel disse que o Conselho de Segurança da ONU já adotou medidas sobre o conflito com a Palestina e que o secretário-geral Ban Ki-moon no Oriente Médio fazendo mediações. Ele pediu uma justificativa para a realização da reunião. O presidente da Assembléia Geral das Nações Unidas, Miguel d'Escoto Brockmann, explicou que , pouco antes da coletiva à imprensa concedida por Ban Ki-moon e o chanceler israelense, as instalações da ONU, em Gaza ,foram atacadas novamente pelas tropas israelenses. Ele acrescentou que a parte israelense ignorou a resolução do Conselho de Segurançca, através de operação militar e palavras do primeiro-minsitro, e ,por isso, a Assembléia Geral considerou necessária a realização da reunião emergencial.
Brockmann afirmou que a operação militar israelense contra escolas, habitações civis, mesquitas e instalações da ONU deixou muitos mortos e feridos, violando gravemente a lei internacional , além de causar um desastre humanitário. Ele ponderou que os líderes israelenses publicaram discursos em que rejeitam a aplicação da Resolução No.1860 e persistiram em continuar a operação militar, desrespeitando a ONU e a Lei internacional. Ele pediu que os países membros assumam suas responsabilidades na Carta das Nações Unidas e garantam o resgate humanitário na Faixa de Gaza.
A vice-secretária permanente da ONU, Asha-Rose Migiro, enfatizou que é preciso garantir o resgate às pessoas em área de perigo e que, para chegar ao cessar-fogo, será necessária a suspensão do contrabando de armas na Faixa de Gaza, reabertura dos portos fronteiriços e a reunificação de Gaza e Cisjordânia. Ela disse que além da ajuda humanitária, a comunidade internacional deve promover a reconstrução de Gaza e pediu a contribuição de todos os membros da ONU.
O observador palestino permanente na ONU, Riyad Mansour, disse que o povo palestino ainda espera que a comunidade internacional promova o cessar-fogo o mais cedo possível para encerrar o massacre israelense e as ações injustas.
O representante cubano permanente na ONU, Abelardo Moreno, condenou fortemente a invasão militar israelense e o desprezo à resolução No.1860 do CS. Ele ainda manifestou suas condolências às vítimas e se disse preocupado com a dificuldade que os médicos e pessoal de resgate encontram no socorro aos civis. Moreno também condenou os ataques israelenses contra pessoal de resgate da ONU.
O representante permanente da República Tcheca, país que ocupa a presidência rotativa da União Européia, na ONU, Martin Palous, pediu que ambas as partes suspendam imediatamente a violência porque somente assim os portos fronteiriços poderão ser reabertos. Ele acrescentou que a UE apoia plenamente o esforço da comunidade internacional para encerrar os conflitos e deu boas-vindas ao plano de cessar-fogo apresentado pela França e Egito.
|