O ano de 2009 marca os 30 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre China e EUA. Hoje (12), mais de 250 personalidades dos dois países, inclusive políticos, diplomatas e acadêmicos reuniram-se na capital chinesa para participar de um simpósio comemorativo do 30º aniversário das relações diplomáticas sino- americanas. Ouça a reportagem da Rádio Internacional da China.

O ex-presidente americano Jimmy Carter desempenhou papel crucial no estabelecimento das relações entre China e EUA. Em 1º de janeiro de 1979, data do decreto presidencial, as relações sino-americanas foram normalizadas. Após 30 anos, Carter ainda está muito contente pela decisão histórica. Ele relembrou no simpósio:

"O estabelecimento das relações diplomáticas sino-americanas é um ponto crucial, não só para mim, mas também para os dois povos. A partir daí, as relações entre as duas grandes nações começaram a se desenvolver numa base de igualdade, respeito e entendimento mútuo."

Ao longo dos 30 anos, as relações bilaterais avançaram constantemente e superaram dificuldades. Resumindo as experiências, o ex-chanceler chinês Tang Jiaxuan considerou:

"Fazendo a retrospectiva do desenvolvimento das relações sino-americanas nas últimas três décadas, podemos tirar muitas experiências e inspirações úteis. É preciso considerar sempre as relações bilaterais de um ponto de vista geral e de longo prazo, reforçar os contatos de alto nível e a confiança estratégica mútua, ampliar constantemente o interesse comum e aprofundar a cooperação de benefício recíproco, tratar as disputas com prudência, fortalecer o contato entre as populações e nunca deixar de consolidar e reforçar a base social das relações bilaterais."

Zbigniew Brzezinski, conselheiro de segurança nacional no governo Carter, afirmou que as relações sino-americanas já são um dos laços bilaterais mais importantes do mundo. Ele disse:

"As relações entre a China e os EUA são um vínculo complexo de dependência mútua. Estamos a considerar a outra parte com uma atitude pragmática e moderada, empreendemos competições e coordenações no quadro de relações internacionais. O círculo diplomático aprecia o conceito chinês de revitalização pacífica e mundo harmonioso, que são pontos de vista aceites pela parte norte-americana. Por isso, podemos tratar bem as divergências, com benefícios para o mundo e os dois países."

O ex-secretário de Estado do EUA, Henry Kissinger, visitou secretamente a China e foi um pioneiro nos contatos para as relações sino-americanas. Ele considera que na nossa era histórica, ambas as partes precisam de cooperações ainda mais estreitas. Ele disse:

"O relacionamento entre a China e EUA entra numa nova era na qual as cooperações estreitas são de suma importância. Devemos estabelecer um vínculo trans-oceânico. Se conseguirmos, surgirão transformações dramáticas nos próximos 30 anos."

No 30º aniversário das relações diplomáticas sino-americanas, o desenvolvimento dos laços bilaterais está enfrentando novas situações: os EUA terão um novo governo e ambos os países estão diante dos desafios severos da crise financeira global. O vice-chanceler chinês, He Yafei, disse no simpósio que a China e os EUA, respectivamente o maior país em desenvolvimento e a nação mais desenvolvida, estão enfrentando cada vez mais desafios e oportunidades comuns, por isso, as cooperações entre os dois são muito importantes:

"O desenvolvimento da China trará mais oportunidades para os EUA e o mundo. Estamos contentes ao ver que, nos EUA, o desenvolvimento das relações com a China se torna o consenso entre os partidos republicano e democrata. Cada vez mais personalidades americanas tomam consciência de que os dois países são parceiros de cooperação ao invés de rivais. Devemos persistir em avaliar e tratar o relacionamento bilateral do ponto de vista estratégico de longo prazo e seguir os princípios de três comunicados, além de promover o desenvolvimento sadio das relações construtivas entre ambas as partes com base no respeito recíproco, igualdade, benefícios mútuos e cooperações."