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União Européia ameaça interferir na disputa sobre gás entre Rússia e Ucrânia
2009-01-08 14:24:03    cri
Com a escalada da disputa sobre gás natural entre a Rússia e a Ucrânia, o fornecimento do combustível para um grande número de países membros da União Européia vem sofrendo ameaças neste período de inverno rigoroso. O bloco europeu, que tem sido cauteloso ao tratar do problema, emitiu ontem (7) sua primeira reação mais severa ao advertir que a Rússia e a Ucrânia enfrentarão interferências vigorosas, caso não retomem imediatamente o abastecimento normal.

O presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, telefonou ontem para o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, e para a primeira-ministra ucraniana, Ioulia Timochenko, para pedir o restabelecimento imediato do abastecimento de gás aos países membros da UE.

Barroso ressaltou que é inaceitável tomar a entidade como refém da disputa entre a Rússia e a Ucrânia e que isso prejudicará o prestígio de "parceiro confiável da UE" dos dois países. O bloco não deve ser envolvido no conflito, destacou ele.

Mirek Topolanek, primeiro-ministro da República Tcheca, país que ocupa a presidência rotativa da UE, alertou que a organização não terá outra opção a não ser impor interferências vigorosas caso a Rússia e a Ucrânia não retomem o fornecimento de combustível em um dia. Entre as medidas está a negociação política de nível mais alto. Para o exterior, a afirmação evidencia que a UE abandonará sua postura de evitar agir como um intermediário ou árbitro nesta disputa e passou a impor pressões sobre Rússia e Ucrânia.

Um quarto do gás natural da UE depende da exportação da Rússia e 80% do volume passam por dutos da Ucrânia. Desde o corte por Moscou do abastecimento de gás à Ucrânia, no dia 1º de janeiro, devido a uma disputa contratual, o fornecimento russo de gás à UE via Ucrânia começou a apresentar anormalidade.

No dia 6, uma escassez repentina do abastecimento de gás atingiu vários países membros da UE. Até ontem, o transporte de gás via Ucrânia para pelo menos seis nações do Leste e Centro Europeu havia sido suspenso. Vários outros países sofreram uma diminuição drástica em seu abastecimento. França, Alemanha e Itália também foram influenciadas.

A Rússia e a Ucrânia têm trocado acusações pela irregularidade no fornecimento de gás à UE e os confrontos verbais vêm se intensificando. A empresa de petróleo e gás natural da Ucrânia, Naftogaz, disse que a Rússia cortou na manhã de ontem completamente o envio de gás a dutos no país e que a Ucrânia foi forçada a suspender o abastecimento à UE. No entanto, a empresa central russa Gazprom negou a afirmação ucraniana e disse que não havia suspendido o transporte, acusando o país vizinho de "roubar" o recurso.

A realidade ainda não foi esclarecida, mas o problema enfrentado pela UE é o mais urgente a ser resolvido. Neves fortes agravaram a situação em alguns países membros da entidade. As nações que dependem pesadamente do gás russo, como Bulgária, Romênia, Hungria e Eslováquia, aplicaram uma limitação emergencial no fornecimento do combustível e alguns outros países aumentaram o uso de suas reservas do recurso para garantir o abastecimento no inverno. Todos esses países têm acordos de transporte de gás com Rússia e Ucrânia, mas acabaram como vítimas da disputa.

Com a chegada da data-limite estabelecida pela UE para o restabelecimento do fornecimento, a medida de interferência a ser adotada pela entidade tornou-se o foco da atenção do exterior. Em virtude da preocupação com o recurso à "arma energética" da Rússia após a crise da Geórgia e ao não-esclarecimento do caso, a UE tem evitado o tom político desta "disputa comercial" e se esforçado para manter a neutralidade no conflito.

A recente mudança da postura da UE é atribuída às ameaças graves a seu fornecimento do combustível. Porém, avalia-se que a interferência da organização é limitada e pode se resumir a impor pressões às duas partes em disputa até que o fornecimento seja reiniciado.

 
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