Para celebrar o 30º aniversário do estabelecimetno das relações diplomáticas sino-norte-americanas, a China e os EUA realizaram ontem (7) e hoje (8) diversas atividades comemorativas com a participação especial do vice-secretário de Estado dos EUA, John Negroponte. Além disso, alguns ex-líderes e chefes de Estado dos EUA que deram importantes contribuições às relações sino-norte-americanas também vão visitar o país em breve para comemorar com os chineses este importante momento histórico.

Em 1971, a delegação norte-americana de pingue-pongue visitou a China, abrindo a porta dos intercâmbios entre os dois países e criou a chamada "diplomacia de pingue-pongue", um destaque na história. Em 1º de Janeiro de 1979, a China e os EUA estabeleceram oficialmente relações diplomáticas. Agora, as relações entre os dois países já estão entre as relações bilaterais mais importantes e vigorosas do mundo. Ontem à tarde, uma competição de pingue-pongue foi realizada em Beijing. Ouça agora a reportagem:

"Uma competição amistosa comemorativa do 30º aniversário das relações diplomáticas China-EUA foi realizada no dia 7 em Beijing. O vice-chanceler chinês, Wang Guangya, acompanhou o vice-secretário de Estado dos EUA, John Negroponte, para assistir à competição. Dos 7 atletas chineses e norte-americanos participantes da competição, dois são testemunhas da diplomacia de pingue-pongue entre os dois países, em 1971."

O conselheiro de Estado da China Dai Bingguo, o chanceler chinês, Yang Jiechi, e o vice-chanceler, Wang Guangya, ainda receberam o vice-secretário de Estado permanente dos EUA, John Negroponte. Dai Bingguo valorizou os avanços históricos alcançados durante os 30 anos desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e os EUA, especialmente o grande desenvolvimento das relações bilaterais durante o mandato de 8 anos do presidente George W. Bush. Yang Jiechi assinalou no encontro que a China quer se esforçar junto com os EUA para insistir na direção da cooperação construtiva entre os dois países, reforçar diálogos, cooperações e intercâmbios, aprofundar o entendimento e a confiança mútua e promover novos avanços nas relações sino-norte-americanas.

Negroponte declarou que a China e os EUA são importantes países do mundo e precisam fortalecer os diálogos e a cooperação, e defender conjuntamente a segurança e a estabilidade internacional. Ele também disse que o diálogo econômico estratégico China-EUA e o diálogo estratégico China-EUA são dois sistemas importantes e eficazes e devem continuar.

Desde o início das relações diplomáticas entre a China e os EUA, o desenvolvimento das relações bilaterais obteve avanços notáveis. As duas partes estreitaram os intercâmbios de alto nível e criaram mais de 60 sistemas de diálogo e cooperação. O volume de comércio bilateral aumentou mais de 120 vezes nos últimos 30 anos e a China já é o segundo maior parceiro comercial aos EUA e vice-versa. Os intercâmbios entre os povos também se desenvolveram significativamente e o trânsito diário de pessoas entre os dois países ultrapassou 5.000. O membro do Instituto Chinês das Relações Internacionais Contemporâneas, Yang Mingjie, disse que o desenvolvimento das relações sino-norte-americanas tem uma influência profunda para o mundo e define o quadro estratégico global.

"Nos dez anos antes do encerramento da Guerra Fria, a cooperação estratégica entre a China e os EUA e outros países foi importante para o fim das tensões. Nos anos 90 do século passado, as duas partes se adaptaram à fase pós-Guerra Fria e desempenharam um papel indispensável na defesa da estabilidade das relações entre os grandes países. Na primeira década do século XXI, as duas partes enfrentam juntas as várias ameaças de segurança. Como o maior país em desenvolvimento e o maior país desenvolvido, a China e os EUA são beneficiadores e promotores da globalização."

No período dos últimos 30 anos, existiram algumas divergências sobre certos temas entre os dois países, mas o mais importante é que ambas as partes possam realizar diálogos e discussões. Jan Barris, testemunha do processo de fundação das relações diplomáticas entre os dois países e vice-presidente do Comitê Nacional sobre Relações EUA-China, considera que os dois países tratam as divergências com uma atitude aberta e sincera e reforçam intercâmbios e entendimentos, o que é um ponto-chave para o desenvolvimento saudável das relações bilaterais.

"30 anos se passaram e acho que os entendimentos e conhecimentos mútuos entre os EUA e a China devem ser mais profundos e melhores. Aqueles que sempre se dedicam a melhorar as relações sino-norte-americanas, atulamente, não querem ver que ainda existem desconfiança e desentendimento entre os dois governos e seus povos. É inevitável que existam algumas divergências em certos problemas entre os dois países, mas acredito que o ponto-chave para resolver o problema é discutir razoavelmente e ouvir a voz da outra parte com uma atitude aberta."