Nos últimos 30 anos, desde o início da política de reforma e abertura, o Exército Popular de Libertação da China tem impulsionando os intercâmbios e cooperações militares com o exterior. Até o momento, já estabeleceu contatos militares com mais de 150 países e mecanismos de consultas sobre a Defesa com dezenas de países. A China envia e recebe a cada ano centenas de delegações de visita e a transparência militar do país vem aumentando. Vamos à reportagem de hoje.
"Estou muito contente por receber o ministro e são bem-vindas a sua primeira visita à China desde que assumiu o cargo e sua presença na 13ª reunião da Comissão Conjunta de Cooperação Tecnológica Militar China-Rússia."
No dia 11 de dezembro, o presidente chinês e presidente da Comissão Militar Central do país, Hu Jintao, recebeu em Beijing o ministro da Defesa russo, Anatoly Serdyukov. O encontro foi um retrato da participação de dirigentes chineses na diplomacia militar do país. Nos últimos 30 anos, vem se intensificando a participação direta de líderes das Forças Armadas do país nas atividades diplomáticas. Também foram freqüentes as visitas de ministros da Defesa e de chefes de Estado-Maior estrangeiros.
Ao reforçar a troca de visitas de alto nível, o Exército Popular de Libertação da China também promoveu intercâmbios diretos de militares comuns com o exterior. As manobras militares constituem um dos meios principais para impulsionar os intercâmbios neste setor.
Em outubro de 2002, a China realizou seu primeiro exercício militar junto com tropas de outros países. Até o momento, o país já executou 16 manobras conjuntas com 11 países. Desde 2002, as Forças Armadas chinesas participaram pela primeira vez um exercício militar multilateral e convidaram, pela primeira vez, observadores estrangeiros para suas manobras militares, abrindo sua sede de comando das tropas de mísseis estratégicas.
Essas iniciativas refletem a ampliação e o aprofundamento dos intercâmbios com o exterior. O vice-diretor do Departamento de Segurança e Estratégia do Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas da China, Gao Zugui, afirmou que a realização de manobras conjuntas ajudou o exterior a conhecer a defesa nacional e as forças armadas do país:
"Todos os fatos mostram que a China está em contato com a comunidade internacional de uma forma aberta e confiante, a fim de incrementar o entendimento e a confiança mútuos e promover a segurança comum da comunidade internacional."
Além disso, a participação nas missões de manutenção da paz é outra atuação da diplomacia militar da China.
Segundo as estatísticas, a China já mandou mais de oito mil soldados para missões de manutenção da paz da ONU e é o país com maior número de envio de militares entre os países membros permanentes do Conselho de Segurança. Ao mesmo tempo, a Equipe Internacional de Resgate da China, composta principalmente por soldados, já ofereceu assistência humanitária a 14 países estrangeiros.
No dia 4 de setembro, a porta-voz da chancelaria chinesa Jiang Yu divulgou em Beijing a notícia da apresentação dos gastos militares da China em 2007 à ONU:
"Além dos dados fundamentais das despesas militares da China, o relatório deste ano também inclui os usos principais dessas verbas e informações mais detalhadas comparando com o ano passado."
Em resposta à preocupação da comunidade internacional com o desenvolvimento militar do país, a China se incorporou, em 2007, ao sistema de transparência de despesas militares da ONU. Sobre isso, Gao Zugui avaliou:
"A medida permite à comunidade internacional conhecer melhor a aplicação do orçamento militar da China e mostra ao mundo que a transparência militar da China está sendo aumentada constantemente."
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