Uma frota de três navios de guerra da Marinha chinesa partiu hoje (26) à tarde da cidade de Sanya, no sul do país, para uma missão de escolta no Golfo de Áden e em águas da Somália.
Foi realizada às 13h30 em um porto militar de Sanya uma solenidade de partida da frota.
O ministro adjunto das Relações Exteriores da China, Liu Jieyi, afirmou na cerimônia que esta ação de escolta é uma das medidas chinesas voltadas para preservar a paz da região e do mundo e uma demonstração chinesa de cumprimento do dever internacional.
Ele disse:
"O envio dos navios da Marinha Chinesa foi amplamente elogiado pela Comunidade Internacional, especialmente pelos países e povos africanos. A China apóia a resolução sobre o assunto do Conselho de Segurança da ONU e os esforços da Comunidade Internacional no combate à pirataria. O país vai cumprir sua missão de escolta conforme a resolução e a Lei Internacional e deseja manter contatos e cooperações com frotas da Marinha de outros países."
Esta é a primeira vez que a China envia forças marítimas para proteger os interesses do país no exterior e que a Marinha chinesa cumpre uma missão humanitária internacional fora do país.
A frota inclui os destróieres Wuhan e Haikou e o navio de abastecimento Weishanhu, além de dois helicópteros, com uma tripulação de 800 soldados a bordo, incluindo 70 soldados da força especial da marinha. Essa iniciativa faz parte dos esforços para proteger os navios civis contra piratas nas águas da Somália, linha de navegação mais movimentada do mundo, onde piratas ameaçam barcos de vários países.
A tarefa dos navios militares chineses é garantir a segurança das embarcações chinesas e de seus tripulantes, incluindo as de Hong Kong, Macau e Taiwan, além dos barcos estrangeiros, caso necessitem de proteção ao passar pela área.
A frota chinesa também ajudará a proteger navios carregados com materiais de ajuda humanitária de organizações internacionais, como o Programa Mundial de Alimentos da ONU. Os custos da missão correrão por conta dos governos participantes. Os navios estarão preparados para responder a apelos de proteção a partir de 6 de janeiro de 2009.
O assistente do chefe do Estado-Maior geral do Exército de Libertação Popular da China, Sun Jianguo, afirmou na cerimônia de partida que o comandante e os soldados vão enfrentar diversos desafios nesta missão, inclusive casos repentinos.
"Para esta ação de escolta, os soldados se afastam muito do pais e vão enfrentar uma situação muito complexa e tarefas árduas. Precisam fazer bem todos os trabalhos, a fim de garantir o sucesso da missão de escolta com segurança e sem problemas".
Às 13h45, a frota chinesa partiu oficialmente de Sanya, com destino ao Golfo Áden e as águas da Somália. A frota deve chegar à região em dez dias. O prazo da missão será decidido conforme a situação local e de acordo com as resoluções do Conselho de Segurança da ONU. A troca do contingente será realizada no momento apropriado.
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