O presidente norte-americano, George W. Bush, e o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, visitaram recentemente o Iraque. Bush assinou com o primeiro-ministro iraquiano, Nouri Maliki, o acordo de segurança sobre a retirada das tropas norte-americanas do país antes de 2012, enquanto Brown anunciou a retirada das forças britânicas do Iraque no primeiro semestre do próximo ano. Além disso, o gabinete iraquiano aprovou no dia 16 uma série de anteprojetos sobre a retiradas de todas as tropas estrangeiras do país, com exceção das tropas dos EUA, antes de julho de 2009. Tudo isso mostra que está próximo o fim da presença em grande escala de tropas estrangeiras no Iraque.
Além dos EUA e do Reino Unido, os outros países que têm forças militares no Iraque já retiraram suas tropas do país ou elaboraram cronogramas para a retirada. O governo sul-coreano anunciou que vai retirar suas tropas do Iraque antes do dia 20 deste mês. O governo da Bósnia também disse que seus militares deixarão o país em meados deste mês, enquanto o Japão decidiu retirar as tropas aéreas do Iraque no mesmo período deste ano. Outros países, como Polônia e Austrália, já haviam retirado suas tropas. Assim, mesmo que o gabinete iraquiano não apresente o prazo de retirada das tropas, estes países já decidiram deixar o país o mais cedo possível. ´
A volta das tropas internacionais aos seus países também tem relação com o acordo de segurança assinado entre EUA e Iraque. A Guerra do Iraque foi iniciada pelos EUA com o pretexto de combater o regime de Saddam Hussein e supostas armas de destruição massa e com o objetivo real de eliminar um rival importante no Oriente Médio e controlar a situação da região. Para legalizar a Guerra do Iraque, os Estados Unidos formaram uma coalizão de tropas com vários países, como o Reino Unido e a Austrália, para obter autorização da ONU. Quando os EUA, país que liderou a guerra, anunciou a retirada das tropas, os outros países aliados também quiseram "se livrar" do Iraque e a saída das tropas estrangeiras do país é inevitável.
A atual situação do Iraque também é uma das razões da retirada das tropas de vários países lideradas pelos EUA. Agora, os conflitos militares e atividades da organização Al-Qaeda no país já terminaram em geral e a situação de segurança está muito melhor em comparação com os recentes anos. Após alguns anos, as tropas de segurança iraquianas já têm capacidade de controlar a situação do país. Além disso, o governo iraquiano elaborou leis e recuperou as posições dos ex-membros do Partido Baath do Iraque no governo e no exército. Todas essas medidas melhoraram evidentemente a situação política do país. Os raros episódios de violência não foram atentados com intenção de criar turbulências por terroristas, mas conflitos internos do Iraque. Por isso, a maioria dos mais de 100 mil soldados estrangeiros no Iraque já não tem motivo para permanecer no país.
Ao mesmo tempo, a retirada das tropas estrangeiras do Iraque favorece os interesses do país, pois nenhum país do mundo espera a presença permanente de mais de 100 mil soldados estrangeiros em seu próprio território. Depois da retirada da maioria das tropas estrangeiras, o governo e as diversas organizações políticas iraquianas precisam tratar bem as várias contradições internas do Iraque, incluindo o compartilhamento dos interesses do petróleo e a realização justa das eleições locais. Neste país com xiitas, sunitas e curdos, o governo tem que ter forte capacidade de equilibrar os interesses de diversas partes e reconstruir a nação.
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