2008 foi um ano especial para a China. Diante de severos desafios, a diplomacia chinesa mostra mais raciocínio e autoconfiança no cenário mundial, obtendo diversos êxitos notáveis.
"2008 foi um ano excepcional para a China e para a diplomacia chinesa, pois enfrentamos novos desafios, superamos várias dificuldades e, com os esforços incansáveis, conseguimos importantes êxitos no trabalho diplomático."
Este é a resumo da diplomacia chinesa de 2008 feito pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Liu Jianchao. Ele afirmou que a situação internacional teve profundas mudanças neste ano e o mundo está enfrentando importantes oportunidades e desafios sem precedentes e que os problemas globais, como a crise financeira e as mudanças climáticas, são ameaças para toda a humanidade. Neste cenário, a diplomacia chinesa mostrou novas caraterísticas. Em 2008, os líderes chineses visitaram cerca de 40 países do mundo, incluindo países em desenvolvimento na Ásia, na África e na América Latina, e países desenvolvidos, como os EUA e o Japão, e realizaram visitas bilaterais bem como diálogos multilaterais internacionais e regionais. O vice-diretor da Universidade dos Assuntos Estrangeiros da China, Zheng Qirong, disse que o conceito de mundo harmonioso foi um destaque na diplomacia chinesa neste ano.
"A China já é um grande país com influência mundial. Seu desenvolvimento tem ligação estreita com o desenvolvimento do mundo e os interesses fundamentais do povo chinês também estão ligados aos interesses dos povos do mundo, o que mostra que a diplomacia chinesa deve trabalhar em diversos setores e em vários níveis."
Primeiro, a China manteve relações favoráveis com os grandes países do mundo. Em maio, o presidente Hu Jintao realizou sua "visita da primavera" ao Japão, promovendo a melhora das relações sino-japonesas. Foi a primeira visita nos últimos dez anos de um líder chinês ao Japão e Hu Jintao participou de 55 atividades em 5 dias de estadia no país, criando um nova situação das relações de benefício recíproco entre os dois países. Em 2008, as relações sino-norte-americanas também foram reforçadas. Os líderes dos dois países mantiveram intercâmbios estreitos. As visitas ministeriais foram realizadas freqüentemente. A realização do 5º diálogo estratégico e econômico sino-norte-americano em Beijing e o diálogo estratégico sino-norte-americano em Washington durante a transição de poder do governo norte-americano têm influência indispensável para as relações bilaterais.
As relações com os países vizinhos da China também chegaram a um novo patamar. A 3ª reunião dos líderes da cooperação econômica da sub-região do Rio Mekong, realizada em Vientiane, capital do Laos, reforçaram os consensos entre os diversos países. Em maio, o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, visitou a China e os dois países decidiram elevar as relações de parceria cooperativa para relações de parceria estratégica. Nos fim do ano, os líderes de China, Japão e Coréia do Sul reuniram-se em Fukuoka para conversar sobre cooperação, economia e finanças internacionais, além dos problemas de atenção comum mundiais e regionais. Zheng Qirong ponderou que as freqüentes visitas mútuas mostram que a posição da China na diplomacia com os vizinhos está mais importante.
"A diplomacia de vizinhança é parte indispensável da diplomacia chinesa, porque a China precisa de um ambiente internacional pacífico e estável e sempre trata a diplomacia vizinha como parte importante da estrutura diplomática do país. Nos últimos anos, as relações entre a China e seus países vizinhos estão na fase melhor da história."
A 7ª Cúpula Ásia-Europa foi um dos destaques da diplomacia chinesa deste ano. Como o presidente Hu Jintao disse, somente com a cooperação entre a Ásia e Europa será alcançado o benefício recíproco:
"O reforço e o desenvolvimento da cooperação amistosa com os países asiáticos e europeus é parte importante das políticas diplomáticas chinesas. A China vai persistir na convivência harmoniosa e no desenvolvimento comum com os países asiáticos, continuar a cooperar com os países europeus e aprofundar as relações de parceria estratégica com a Europa."
Os Jogos Olímpicos de Beijing também estabeleceram um grande palco para intercâmbios entre a China e o mundo e mostraram a imagem aberta, confiante e amistosa da China. Zheng Qirong afirmou:
"Como país anfitrião, a China realizou diversas atividade bilaterais e multilaterais e recebeu elogios da comunidade internacional. A diplomacia olímpica melhorou a imagem internacional da China e estabeleceu uma base favorável para o futuro da diplomacia chinesa."
Desde setembro, a crise do mercado hipotecário norte-americano se transformou em uma crise financeira internacional, trazendo preocupações para os governos e povos de todo o mundo. A China fez esforços positivos no enfrentamento desta crise. Para a solução pacífica da questão nuclear da Península Coreana, com a mediação do governo chinês, as seis partes realizaram negociações em junho e dezembro para promover a desnuclearização da Península Coreana. Wang Yizhou, vice-diretor do Instituto da Economia e Política Mundial da Academia de Ciências Sociais da China, disse:
"2008 foi um ano histórico, um ano de grande avanço para a diplomacia chinesa e do 30º aniversário da reforma e abertura do país. A diplomacia chinesa vai entrar em uma era mais madura e subir a um novo patamar."
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