Terminou hoje (10) em Beijing a Conferência Central do Trabalho Econômico, que durou três dias. Durante a reunião, foi definido que deve ser priorizada a manutenção de um desenvolvimento econômico estável e relativamente rápido. Os economistas chineses consideraram que esta meta de desenvolvimento lançada pelo governo é bastante viável. Ouça a seguir a reportagem:

A conferência anual é a reunião econômica de mais alto nível da China. O presidente chinês, Hu Jintao, o premiê, Wen Jiabao, e outros líderes do país compareceram à reunião. Embora não tenham definido uma meta de crescimento econômico para 2009, os participantes mostraram confiança no desenvolvimento econômico do próximo ano. O país deve dedicar mais esforços para manter o desenvolvimento econômico, pois ainda existe uma importante oportunidade estratégica, mesmo com a atual crise financeira mundial.

Para Han Mang, pesquisador do Instituto Econômico da Academia de Ciências Sociais da China, os sinais mostrados neste encontro indicam que o país quer manter um crescimento econômico em torno de 8% no ano que vem.

"Acho que o nosso objetivo de desenvolvimento econômico para o ano que vem deve ser de 8%, o que representa um ajuste no ritmo de crescimento da economia nacional. Desejamos manter esta velocidade de desenvolvimento, que corresponde às mudanças de modelo de crescimento e para enfrentar os impactos da crise financeira mundial, a fim de garantir o desenvolvimento econômico mais saudável e estável".

Os participantes da conferência consideraram que, a influência dos atuais problemas na economia mundial e da desaceleração notável do crescimento global, assim como as questões mais profundas que ainda não estão resolvidas na própria economia chinesa, o desenvolvimento econômico chinês enfrenta cada vez mais dificuldades e pressão. Ao mesmo tempo, as empresas passam por quedas nos lucros e os camponeses não conseguem manter o aumento constante de renda.

Por estes motivos, os líderes participantes da reunião tomaram a expansão da demanda interna como a via fundamental para manter o crescimento em um bom ritmo no futuro. Mas, este trabalho tem que começar com o aperfeiçoamento das condições de vida do povo. Segundo o programado, o país investirá 4 trilhões de yuans em dois anos, o que deve aumentar o crescimento econômico em 1 ponto percentual por ano.

Yuan Gangming, pesquisador do Instituto de Economias da China e do Mundo, da Universidade Tsinghua, explicou à reportagem:

"Podemos ampliar a demanda interna para garantir o crescimento, mas a reunião mencionou que devemos priorizar o aprimoramento das condições de vida do povo, ou seja, o país deve aumentar a renda do povo, o que também servirá para aumentar a demanda de consumo. Desta maneira, não apenas será melhorada a vida do povo, como será elevado o nível do desenvolvimento econômico".

Com o grande impacto da crise financeira mundial, as exportações da China, um dos grandes motores do crescimento do país, também foram prejudicadas. No mês passado, as exportações tiveram uma retração, algo muito raro nos últimos anos. Ao mesmo tempo, as medidas para ampliar a demanda de consumo ainda levarão algum tempo para surtir efeito. Diante destas questões, o governo quer aplicar uma política financeira positiva e uma política monetária moderadamente relaxada.

O governo elaborou políticas para garantir as despesas com os maiores projetos nas áreas prioritárias, aumentar o gasto público, promover o crescimento razoável do total de crédito e manter a estabilidade da taxa de câmbio da moeda em um nível adequado, bem como melhorar as condições de transação no comércio exterior.

No entanto, as medidas para ampliar a demanda interna trouxeram preocupações a respeito do processo de ajuste da estrutura econômica e como evitar uma volta de problemas já superados.

Song Hong, especialista do Instituto de Economia e Política Mundiais da Academia de Ciências Sociais da China, afirmou que os trabalhos econômicos definidos nesta reunião para o próximo ano servem para enfrentar os problemas econômicos atuais e também estão ligados às metas de desenvolvimento de longo prazo do país.

"Acelerar o processo ajuste no modelo de crescimento, promover a mudança estratégica da estrutura econômica, aprofundar a reforma e abertura e aprimorar o sistema que beneficie o desenvolvimento científico. Todas as medidas têm como objetivo as metas estruturais de longo prazo".

Esta Conferência Central do Trabalho econômico reiterou, mais uma vez, que a garantia do desenvolvimento econômico em bom ritmo servirá para realizar o desenvolvimento completo, coordenado e sustentável.