Começou hoje (4) pela manhã em Beijing a 5ª rodada do Diálogo Econômico Estratégico China-EUA. O vice-primeiro-ministro chinês, Wang Qishan, e o secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, sediam conjuntamente o encontro. Em discursos durante a cerimônia de abertura, eles manifestaram a expectativa de realizar intercâmbios essenciais sobre as questões importantes dos laços econômicos entre a China e os EUA e alcançar resultados e consensos frutíferos.
O Diálogo Econômico Estratégico China-EUA é uma conversa estratégica entre o maior país em desenvolvimento e o maior país desenvolvido do mundo. Desde seu início, em 2006, a iniciativa já conseguiu grandes êxitos. Os dois lados firmaram cerca de 150 consensos e acordos sobre abertura financeira, conveniência de investimento, proteção aos direitos autorais, cooperação energética e ambiental, mudanças climáticas, qualidade de produtos e segurança alimentar, entre outros setores.
O diálogo desta rodada atraiu muita atenção, já que é realizado no contexto da crise financeira internacional e no período da transição de poder no governo norte-americano. Durante seu pronunciamento, Wang Qishan enfatizou que os setores financeiro e econômico do mundo enfrentam desafios sem precedentes. Com o aumento de fatores de incerteza e instabilidade, é extremamente importante que a China e os EUA reforcem a cooperação por meio do diálogo. O vice-premiê apresentou a postura chinesa quanto à resposta conjunta à turbulência financeira internacional:
"Desde o surgimento da crise financeira, a China tem cooperado ativamente com uma atitude responsável e apoiado os esforços dos EUA para estabilizar o mercado financeiro. A tarefa mais importante, agora, é promover em conjunto a implementação dos consensos da Cúpula do G20 sobre o Mercado Financeiro e Economia Mundial, restabelecer a confiança do mercado, impedir a expansão da turbulência financeira, prevenir a recessão da economia global e, sobretudo, minimizar os impactos e influências da crise sobre os países em desenvolvimento. A China espera que os EUA tomem todas as medidas necessárias para estabilizar a economia e o mercado financeiro e garantir a segurança dos ativos e investimentos da China no país. Ao mesmo tempo, os dois países devem fomentar colaborações na coordenação da fiscalização do setor financeiro e na reforma das organizações financeiras internacionais."
Wang afirmou que a China já tomou uma série de medidas importantes, passou a adotar políticas financeiras ativas e relaxou moderadamente sua política monetária. O país está fazendo esforços vigorosos pela ampliação da demanda interna, pela transformação do modelo de crescimento econômico e pela manutenção do desenvolvimento econômico estável e relativamente acelerado. Esta postura é uma contribuição importante para o desenvolvimento estável da economia mundial.
Na última edição do diálogo, realizada em junho deste ano, foi firmado o Quadro de Cooperação na Energia e Meio Ambiente de Dez Anos China-EUA. Segundo o premiê Wang, as cooperações bilaterais nos aspectos de recursos hídricos e atmosféricos, eletricidade, transporte e florestas já conseguiram êxitos desde a assinatura do documento:
"Os EUA possuem vantagens significativas nas tecnologias energéticas e ambientais. A China está acelerando a economia de energia e a redução de emissões e apresenta uma grande demanda de mercado. O país espera que as duas partes continuem com as cooperações tecnológicas próximas e que os EUA promovam a transferência de tecnologias à China."
O secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, elogiou em seu discurso o desempenho ativo da China ao lidar com a crise financeira internacional, dizendo que nesta rodada do diálogo os dois lados vão tomar como pontos essenciais a estabilização da economia mundial, a proteção dos recursos de energia e meio ambiente e a elevação da qualidade de produtos e segurança de alimentos. Ele também avaliou positivamente o papel do Diálogo Econômico Estratégico China-EUA na promoção do relacionamento bilateral:
"O Diálogo Econômico Estratégico nos ajudou a resolver as questões de comércio e investimento bilateral, evitando muitos atos prejudicais e negativos. Atualmente, as duas partes estão realizando negociações construtivas sobre o acordo de proteção de investimentos. Vamos cooperar conforme as metas conjuntas, o que vai beneficiar a ambos os países e seus povos."
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