Será realizado, entre os dias 4 e 5 deste mês, em Beijing, o 5°Diálogo Econômico Estratégico China-EUA. Perante a crise financeira internacional e a transferência de títulos do governo norte-americano, o diálogo despertou grande atenção da comunidade internacional. Falando à CRI, intelectuais chineses afirmaram que, por meio do diálogo, os dois países obterão uma série de resultados para impedir o protecionismo comercial e ampliar a troca de mercadorias.

O vice-primeiro-ministro chinês, Wang Qishan, e o secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, presidirão o diálogo, sendo os representantes especiais das duas delegações. O tema do evento é "Assentar a base das relações de parceria econômica sino-norte-americana", debatendo políticas macroeconômicas, medidas para enfrentar os desafios da crise financeira, cooperação energética, desenvolvimento comercial, entre outros.

O diretor do Centro de Pesquisa Estratégica do Instituto de Relações Internacionais Modernas da China, Gao Zugui, considera que o diálogo tem um importante significado:

"Como a China e os EUA reforçam a coordenação e as consultas no setor econômico, o que tem um importante significado. Os representantes vão discutir medidas detalhadas para aplicar o espírito da Cúpula do G20, estabilizar o mercado financeiro, promover a economia mundial e manter o crescimento econômico dos dois países."

Para os analistas, além de enfrentar a crise financeira global, ambas as partes têm outros temas para discutir, especialmente impedir o protecionismo comercial. Gao salientou que a China e os EUA obterão avanços nas questões econômicas de interesse comum.

"No encontro passado, os dois lados chegaram a um consenso sobre a cooperação de poupança energética e proteção ambiental. O 5º diálogo terá o projeto detalhado. Os dois lados vão chegar a acordos sobre a qualidade de produtos, segurança de alimentos, abertura de mercado, abertura financeira entre os dois países e todo o mundo."

Analistas consideram que o 5º diálogo não discutirá a taxa cambial do renminbi, moeda chinesa, e o desequilíbrio comercial. Quanto a isso, o professor da Faculdade de Relações Internacionais da Universidade de Beijing Zhu Feng avaliou:

"A taxa cambial do renminbi deve refletir a realidade da economia chinesa e as contribuições feitas pela China, sendo uma potência de exportações, para o mercado mundial e o desenvolvimento econômico global. Desde a reforma do mecanismo da taxa cambial da China, o câmbio do renminbi subiu mais de 20%. A China já fez as contribuições razoáveis com isso."

Devido à transferência de títulos do governo norte-americano, o mecanismo do diálogo econômico estratégico China-EUA desperta atenção da comunidade internacional. O mecanismo começou em dezembro de 2006, promovido pelo presidente chinês, Hu Jintao, e pelo presidente norte-americano, George W. Bush.