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Rússia endurece posição frente ao Ocidente
2008-12-01 14:19:26    cri

A cooperação e o desenvolvimento são as tendências principais do mundo em 2008, mas ainda há diversas contradições, confrontos e conflitos complexos. Nas relações entre os grandes países em 2008, a Rússia endureceu sua posição no tratamento das relações com os países ocidentais, sobretudo no período dos conflitos entre o país e a Geórgia. As relações entre os dois países evoluíram da disputa diplomática para confrontos militares. Então, por que a Rússia tomou uma atitude tão dura? Suas relações com o Ocidente vão voltar para os tempos da guerra-fria? Ouça agora a reportagem:

Nos últimos anos, a competição entre a Rússia e os países ocidentais na região do Cáucaso se tornou mais evidente e os conflitos armados ocorridos neste ano na Ossétia do Sul demonstraram bem isso. O estado autônomo da Ossétia do Sul, da Geórgia, sempre teve relações estreitas com a Rússia e se opõe ao governo central georgiano. Em agosto, a disputa entre os dois países se agravou e chegou ao conflito armado. Naquela altura, o repórter da Rádio Internacional da China na Rússia, Jin Zhong, fez reportagem sobre o acontecimento:

"Na madrugada do dia 7, as tropas georgianas iniciaram ataques a Tskhinvali, capital da Ossétia do Sul. Os ataques causaram forte reação da Rússia e uma força blindada russa entrou na cidade. Desde então começaram os conflitos entre a Geórgia e a Rússia. Logo depois, várias frotas da OTAN entraram no Mar Negro sob o pretexto de transportar materiais de ajuda humanitária à Geórgia e confrontaram a frota russa."

Após os conflitos, a Rússia manteve suas politicas diplomáticas duras e pediu o estabelecimento de uma nova ordem econômica global, aumentou evidentemente a despesa militar do país, realizou diversas manobras militares de grande escala e enviou frotas ao Mar do Caribe para mostrar diretamente ao Ocidente sua força militar. O presidente russo, Dmitri Medvedev, ponderou:

"Por que nós temos de passar por provas? Por causa do sistema antimísseis que está se formando e das base militares fundadas ao redor da Rússia. Estes são os 'presentes' oferecidos pela expansão sem limite da OTAN."

O sistema antimísseis dos EUA no leste europeu, a posição de Kosovo, a continuação da expansão da OTAN? todas estas questões fizeram a Rússia, que sempre presta muita atenção à segurança geopolítica, sentir ameaças sem precedentes. Diante dos desafios do Ocidente, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, advertiu em coletiva à imprensa:

"O Estado-Maior e os especialistas russos consideram que o sistema antimísseis é uma ameaça à segurança do nosso país. Se ele surgir, temos que tomar medidas a respeito. Vamos apontar nossos mísseis aos alvos ameaçados e sempre fazemos alertas antes. Se os EUA agirem, a Rússia vai ser obrigada a responder."

A imprensa ocidental tem demonstrado preocupações de que é possível que a Rússia e o Ocidente entrem em estado de confronto de longo prazo e causem uma nova guerra-fria. Mas os especialistas russos estão otimistas sobre as relações com o Ocidente. Tatiana Shakleina, doutora em política do Instituto de Relações Internacionais de Moscou, disse:

"Estou otimista e acho que a nova era de guerra-fria não vai chegar, porque confrontos não podem resolver os problemas, mas agravar as contradições entre a Rússia, os EUA, Europa e a Geórgia. Considero que existe um ponto de equilíbrio entre a Rússia e o Ocidente, ou seja, quando as duas partes precisam uma da outra, vão reativar as negociações."

Os analistas chineses consideram que as medidas duras da Rússia são somente uma "reação normal" de um grande país enfrentando ameaças à sua segurança nacional, mas, agora, a Rússia ainda não tem capacidade para confrontar completa e duradouramente o Ocidente. Jiang Yi, especialista em problemas russos da Academia de Ciências Sociais da China, afirmou:

"Não acho que a atitude dura da Rússia será mantida. Se o Ocidente puder considerar as relações e interesses da Rússia nos problemas como a expansão da OTAN ou escudo antimísseis, as relações bilaterais devem melhorar. Atualmente, a crise financeira mundial, especialmente a grande queda do preço de energia, vai prejudicar certamente a base de competição da Rússia com o Ocidente."

 
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