A China tem liberado os fundos de seu plano de investimento de 1 trilhão de yuans em moeda chinesa, trabalho que deve ser concluído até o fim deste ano, para os projetos de obras. As autoridades em todas as localidades vêm acelerando seus trabalhos para pôr em práticas as medidas de estímulo à demanda interna da economia.
O investimento destina-se, principalmente, à realização de projetos relacionados com habitações populares, a vida da população rural, infra-estrutura de transporte, ferrovias, rodovias e aeroportos, educação, saúde pública, proteção do meio ambiental e a reconstrução pós-calamidades. O diretor da Comissão Estatal para o Desenvolvimento e Reforma da China, Zhang Ping, disse: "Os fundos têm sido liberados fundamentalmente para os projetos e o investimento liberado alcançou 40% do total da verba, enquanto os departamentos interessados estão acelerando seus trabalhos para que o restante seja despachado e os projetos de construção sejam implantados o quanto antes, a fim de alavancar a economia".
Zhang Ping acrescentou que a influência da crise financeira global ainda não chegou ao seu ponto mais crítico, está se expandindo e deve alcançar a China mais profundamente. Em novembro, alguns índices econômicos chineses já tiveram um declínio acentuado, por isso, o país precisa acelerar seus passos em busca da concretização das medidas de incentivo à ampliação da demanda interna e do desenvolvimento estável de sua economia.
Atualmente, os planos de investimento lançados por diversas localidades da China envolvem mais de 18 trilhões de yuans em moeda chinesa. Como garantir que estes investimentos desempenhem seus devidos papéis? O vice-diretor do Instituto de Pesquisa da Ciência das Finanças do Ministério das Finanças da China, Liu Shangxi, sugeriu: "No setor macro, é preciso ter bons planos e uma boa concretização dos projetos, e no setor micro, é necessária a administração rigorosa dentro dos termos dos regulamentos de fiscalização. Assim, serão garantidos os efeitos do uso desses fundos e será garantida a qualidade dos projetos".
Segundo Zhang Ping, é compreensível que o governo regional queira orientar o consumo para o investimento com o fim de ampliar a demanda interna. Mas ele lembrou que todos os projetos de investimentos devem contemplar os planos relacionados já existentes e o sistema de exame e verificação para evitar as construções repetidas. "Por meio de uma série de medidas integradas, incluindo orientação na elaboração de planos, políticas sobre as indústrias, terrenos, proteção ambiental e eficiência energética, assim como o processo de autorização e fiscalização, pretendemos orientar os investimentos regionais para os setores determinados pelo governo central como, por exemplo, o reajuste das estruturas, a transformação dos modelos de produção e a solução dos problemas de vida da população e dos problemas ambientais", afirmou Zhang.
Segundo as mesmas fontes, a Comissão Estatal para o Desenvolvimento e Reforma, o Ministério das Finanças e o Ministério da Fiscalização vêm criando grupos interministeriais de fiscalização, que são enviados às províncias para supervisionar os trabalhos do uso dos fundos e evitar a corrupção.
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