Acelerar a inovação autônoma e o reajuste estrutural é parte importante das dez medidas recém-promulgadas pelo governo chinês a fim de aumentar a demanda do mercado doméstico e estimular o desenvolvimento econômico. À medida que se concretizam as políticas de incentivo à inovação tecnológica, as diversas empresas estão acelerando a atualização e transformação do modelo de produção, num esforço para responder aos impactos provocados pela crise financeira internacional.
A Foton Lovol é uma empresa instalada na Província de Shandong, no leste do país, que se dedica à fabricação de equipamentos industriais pesados. Há poucos dias, um novo modelo de tratores de alta potência saiu da linha de produção. Para Wang Jinfu, presidente da empresa, o sucesso no desenvolvimento do novo modelo indica que a indústria manufatureira da China já alcançou um nível tecnológico de primeira linha segundo os padrões mundiais:
"Para desenvolver o trator de alta potência, integramos os conhecimentos e medidas de inovação, o que comprova a capacidade das marcas nacionais nesse campo."
Wang Jinfu afirmou ao repórter que devido à crise financeira internacional, a venda de alguns produtos da empresa baixou visivelmente. Porém, outros produtos sofisticados e de alto valor agregado continuam tendo boa saída no mercado. Assim que saiu da linha de produção, o trator de alta potência já foi objeto de diversas encomendas.
Na verdade, três décadas após a adoção da política de reforma e abertura, as empresas chinesas estão cada dia mais adaptadas ao mercado e a consciência de inovação e avanço tecnológico melhora constantemente. Mas outras empresas, ao contrário, por operar com uma administração extensiva e tecnologias atrasadas, não têm capacidade de desenvolvimento em longo prazo e são vulneráveis às agitações do mercado. Em meio à crise financeira internacional, as contradições e problemas destas empresas ficaram evidentes.
Por isto, o governo chinês pretende orientar e estimular, por meios financeiros e setoriais, as empresas a eliminar as forças de produção eletrointensivas, fortalecer a transformação tecnológica e apoiar a inovação industrial, para atualizar a indústria tradicional com tecnologias sofisticadas.
O orçamento central destinará até o dim deste ano seis bilhões de yuans para apoiar a inovação autônoma e o reajuste estrutural das empresas. Atualmente, o orçamento central está mantendo contatos para acelerar a injeção de verbas. Wang Kemin, diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia de Hunan, na região central do país, adiantou que o governo central está abrindo, com recursos do orçamento central e financiamento local, um parque de desenvolvimento tecnológico para fornecer suporte às empresas locais.
"O investimento em ciência e tecnologia deve focar os pontos-chave, e estas devem dar maior suporte à economia real."
Além disso, a partir do próximo ano, o governo chinês praticamente isentará as empresas do imposto sobre aquisição de equipamentos. O vice-ministro da Fazenda Wang Jun explicou que a medida, além de reduzir os encargos das empresas, também estimulará a inovação tecnológica:
"Por causa da nova política, o orçamento central deixará de recolher 1,2 trilhão em impostos e este valor será revertido à atualização dos produtos e estruturas setoriais. Acredito que o macrocontrole e as políticas financeiras positivas a serem aplicadas darão um importante estímulo à iniciativa das empresas."
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