Foi realizada ontem (25) de manhã no centro internacional de convenções em Genebra, na Suíça, a 48ª Conferência Internacional da Educação. A delegação chinesa liderada pela conselheira de Estado da China Liu Yandong participou do evento. Liu Yandong explicou em seu discurso na cerimônia de abertura os êxitos da educação universal da China e as medidas do governo chinês no setor. Ouça agora a reportagem.

O tema desta conferência foi "Educação inclusiva: caminho do futuro". A educação inclusiva significa oferecer oportunidades iguais a todos os estudantes, incluindo os jovens portadores de deficiência. Sobre este tema, Liu Yandong indicou:

"O tema da 48ª Conferência Internacional da Educação tem um significado profundo. A educação inclusiva mostra o respeito e proteção a todos e aos diretos humanos e corresponde à tendência atual e futura."

Cerca de 1500 representantes participaram da conferência, entre eles ministros de Educação de alguns países, especialistas e representantes de órgãos da ONU e organizações internacionais. Eles discutiram a concretização das metas de "educação universal", enfrentamento dos desafios e compartilhamento das experiências entre diversos países. Liu Yandong assinalou que a China tem hoje 260 milhões de estudantes e a maior escala de educação no mundo e que o país dedica grande atenção ao desenvolvimento do ensino e deixou de ser um grande país de população para se tornar um grande país de educação, realizando avanços históricos.

"Nas últimas décadas, o governo chinês promoveu a igualdade de educação através do aprimoramento da legislação e das políticas específicas, garantiu acesso da população pobre à educação e explorou uma via de desenvolvimento da educação com características chinesas."

Segundo as regras da Declaração Mundial dos Direitos Humanos e da Declaração dos Direitos da Criança, é preciso garantir a educação primária gratuita a todas as crianças, mas 72 milhões de crianças do globo não têm, hoje, acesso ao ensino primário principalmente por causa da pobreza. Como o maior país em desenvolvimento, a solução do problema da educação dos 800 milhões de camponeses é uma questão-chave para a China. O governo chinês já empreendeu grandes esforços nesta área e obteve avanços significativos. Liu Yandong afirmou:

"Nos anos recentes, a China começou a implantar a educação gratuita no campo, o que beneficiou 150 milhões de estudantes rurais. O país investiu muito na construção de mais de 8300 escolas em regime de internato nas aldeias e deu subsídios aos estudantes internos de 11 milhões de famílias pobres. A educação à distância atendeu 360 mil escolas rurais, oferecendo recursos educativos de boa qualidade às crianças rurais."

Liu Yandong ponderou que a China sempre valoriza os direitos de educação, sobretudo da parcela da população que é facilmente ignorada. No âmbito educacional, o país se esforça para eliminar a diferença entre sexos, garantir o acesso das crianças de minorias étnicas, concretizar as políticas de assistência social, criar condições para a educação dos filhos de trabalhadores rurais nas cidades e elaborar políticas favoráveis aos portadores de deficiência. O governo chinês quer dar contribuições para o desenvolvimento global da educação inclusiva, que é uma meta definida pela UNESCO, acrescentou Liu.

"Primeiro, o governo chinês vai cumprir as promessas e preparar 1500 professores, diretores de escola e funcionários administrativos do ensino para os países africanos. Segundo, usar parte do orçamento da bolsa de estudos para estudantes estrangeiros na China para treinar os professores dos países em desenvolvimento. Terceiro, apoiar a UNESCO no desempenho do seu papel no estudo da educação inclusiva e capacitação de pessoal."