A parte continental da China emitiu o plano detalhado para os vôos fretados regulares através do Estreito de Taiwan, anunciou quinta-feira a Administração da Aviação Civil da China (AACC).
Segundo o acordo assinado em 4 de novembro em Taipei pelo presidente da Associação para as Relações entre os Dois Lados do Estreito de Taiwan (ARATS, sigla em inglês), com sede na parte continental, Chen Yunlin, e pelo presidente da Fundação para os Intercâmbios através do Estreito de Taiwan (SEF, sigla em inglês), organização com sede na ilha, Chiang Pin-kung, os dois lados lançarão 54 novos vôos fretados de passageiros a cada semana.
Anteriormente, os vôos através do Estreito de Taiwan só funcionavam nos fins-de-semana e durante os quatro maiores festivais tradicionais do país.
Três novas companhias de aviação, Sichuan, Shandong e Shenzhen Airlines, foram listadas pela AACC para operar os vôos semanais, junto a seis companhias de aviação originais -- Air China, China Eastern, China Southern, Hainan, Xiamen e Shanghai Airlines.
Segundo a AACC, a parte continental abrirá 16 terminais em Chengdu, Chongqing, Hangzhou, Dalian, Guilin, Shenzhen, Wuhan, Fuzhou, Qingdao, Changsha, Haikou, Kunming, Xi'an, Shenyang, Tianjin e Zhengzhou para os novos vôos fretados de passageiros, além dos cinco já em funcionamento.
Os acordos sobre vôos e navegação marítima diretos, assinados na terça-feira em Taipei, estão gerando um forte interesse para as companhias aéreas e de navegação da parte continental da China e de Taiwan.
"Os vôos fretados regulares, em lugar de vôos de final de semana e em festivais, constituem em nossas expectativas de longo prazo", disse Liu Shaoyong, gerente-geral da China Southern Airlines da parte continental chinesa. "As rotas aéreas diretas são muito boas para nossos negócios".
Um vôo da parte continental a Taiwan, com escala em Hong Kong, sob a situação atual, leva duas horas e 42 minutos e consome 16 toneladas de combustível. Sob o novo acordo, os vôos se realizarão em 69 minutos e usarão 7,3 toneladas de combustível.
Wei Hsing-Hsiung, presidente do conselho de administração da China Airlines, de Taiwan, manifestou a aprovação pelo aumento no número de vôos fretados de passageiros, de 36 nos finais de semana para 108 por semana.
"Temos lucros de US$ 1,5 milhão em relação aos vôos fretados atuais. É possível que este número chegue a US$ 5 milhões devido ao aumento no número de vôos, enquanto que o custo poderia cair em 20%, porque a rota será mais curta", disse.
O alto funcionário de economia de Taiwan, Shih Yen-shiang, disse quarta-feira ao jornal local China Times que calcula que cada vôo direto entre os dois lados do Estreito poderia economizar às companhias US$ 9 mil.
"Com base em 4 mil vôos ao ano, serão economizados US$ 1,2 bilhão", disse.
|