O crescimento econômico de Hong Kong em 2009 será de 2%, em meio à crise financeira global de proporções excepcionais. A inflação dos preços de consumo da cidade será menor que 3%, indicou terça-feira um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A médio prazo, um indíce de crescimento fundamental de 5% é viável, embora dependa da trajetória da integração econômica e financeira com a parte continental da China e em como guia essas interdependências, disse o FMI.
O sistema financeiro de Hong Kong teve um bom desempenho, sem transtornos significativos, atribuído aos esforços do governo para estabelecer uma sofisticada infra-estrutura e sistema robusto de supervisão e regulação financeira, declarou a instituição.
O FMI expressou seu apoio às medidas de estabilidade fiscal adotadas pelo governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), no documento Conclusões Preliminares da Missão do FMI, divulgado terça-feira, logo depois das discussões de consultas do Artigo IV 2008.
A missão apoiou o sistema de intercâmbio vinculado, que tem sido uma forma simples e transparente de realizar a estabilidade monetária e financeira de Hong Kong nos últimos 25 anos.
A missão também indicou que as medidas tomadas pela Autoridade Monetária de Hong Kong para aumentar os atrativos e a flexibilidade de suas facilidades de apoio à liquidez em circunstâncias extraordinárias começaram a restaurar o trabalho dos mercados locais interbancários, apesar dos créditos a prazo ainda não estarem normalizados.
O valor das exportações domésticas das indústrias mais importantes de Hong Kong teve uma grande queda no terceiro trimestre, revelaram os números do Departamento de Censo e Estatísticas, divulgados hoje.
Os seis setores industriais principais são têxteis, produtos químicos, produtos elétricos e eletrônicos a varejo, maquinaria, equipamentos, instrumentos, peças e componentes, metais básicos e produtos metais fabricados e vestuário.
Essas indústrias representaram três quartos do valor total das exportações domésticas da cidade entre julho e setembro.
O valor de exportações domésticas de vestuários caiu 42,7% em comparação com o mesmo período do ano passado, para chegar a HK$ 2,3 bilhões (US$ 297 milhões) e o de têxteis diminuiu 37,5%, para ficar em HK$ 5,7 bilhões (US$ 736 milhões).
A cidade vendeu ao exterior produtos elétricos e eletrônicos produzidos em Hong Kong no valor de HK$ 2,5 bilhões (US$ 323 milhões), uma queda de 24,6%. Ao mesmo tempo, o valor de exportações domésticas de maquinaria, equipamentos, aparelhos, peças e componentes caiu 20%, para chegar a HK$ 2,3 bilhões (US$ 297 milhões).
No entanto, os produtos químicos registraram alta nas exportações domésticas, com um aumento de 15,3%, e o valor chegou a HK$ 3,1 bilhões (US$ 400 milhões), e o de metais básicos e produtos metais fabricados foi de US$ 2,3 bilhões (US$ 297 milhões), um crescimento anual de 14,3%.
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