A crise financeira, que atinge todo o mundo, já resultou em desaceleração do crescimento econômico dos EUA e da União Européia, cuja economia pode entrar em recessão no próximo ano. Diante desta situação, como um dos "motores da economia mundial", a China tem confiança para manter seu crescimento econômico estável e relativamente rápido e contribuir para o mundo.
O setor financeiro da China foi um dos primeiros setores influenciados pela crise, mas não sofreu impactos graves, já que a maioria das reservas em dólar do país foi destinada a comprar títulos da dívida nacional dos EUA, área que é relativamente segura. Após a nacionalização das empresas hipotecárias norte-americanas Fannie Mae e Freddie Mac, ambas com dificuldades, será assegurado o pagamento dos custos e lucros adquiridos por instituições financeiras chinesas nestas duas entidades.
O vice-presidente do Banco Popular da China, Yi Gang, disse que a liquidez do setor financeiro da China é alta e a entrada e saída de capitais se mantêm equilibradas.
Para o diretor do Instituto de Pesquisas Financeiras da Academia de Ciências Sociais da China, Li Yang, embora os impactos não sejam muito graves, a China deve aprender com a turbulência e persistir no princípio de que os serviços financeiros sirvam à economia real.
"Primeiro, os bancos de investimento são coisas boas, mas, nos últimos anos, eles se tornaram fundos mutuários e começaram a comprar e vender ações, o que nós não devemos copiar. Segundo, também temos de reforçar o nosso controle de riscos, eliminando-os o mais cedo possível. Terceiro, é preciso desenvolver os financiamentos direto e indireto de forma equilibrada."
Desde setembro, o crescimento econômico da China registrou desaceleração devido à turbulência financeira internacional. O governo chinês realizou reajustes importantes em suas políticas macroeconômicas, começando a adotar políticas financeiras ativas e tornando sua política monetária moderadamente relaxada. O país também anunciou um plano de incentivo à economia de 4 trilhões de yuans. Todas as medidas mostram a confiança e a determinação de Beijing para manter a estabilidade do crescimento econômico.
Segundo cálculos, o pacote de incentivo do governo chinês pode puxar o aumento econômico em cerca de 1,8%. O vice-presidente e economista-chefe do Banco Mundial, Lin Yifu, considera que isso basta para garantir o aumento relativamente rápido de 8% a 9%, o que será a maior contribuição da China para a economia mundial no atual contexto.
O vice-ministro das Finanças da China, Wang Jun, afirmou que o pacote de estímulo à demanda interna ainda vai ter uma boa interação com a economia mundial. Wang afirmou:
"Primeiro, a política chinesa para ampliação da demanda interna terá um efeito positivo para os países exportadores de matéria-prima, especialmente países em desenvolvimento. Segundo, a reforma do imposto sobre valor agregado e a nova rodada de renovação tecnológica das empresas trarão a introdução de altas e novas tecnologias. Neste aspecto, então, temos grande demanda de importações."
O estímulo à demanda interna não significa, no entanto, abandonar o mercado exterior. O famoso economista Fan Gang considerou que as perspectivas das exportações não são pessimistas:
"Diante da grave crise, a renda das pessoas cai e elas não compram mais artigos de luxo, passam a procurar os artigos de necessidade e produtos baratos. E a China é exatamente um produtor desse tipo de artigo."
O presidente chinês, Hu Jintao, afirmou na Cúpula de Mercado Financeiro e de Economia Mundial do G20 que a crise financeira internacional também teve impacto sobre o desenvolvimento econômico chinês. A China reajustou sua política conforme a transformação da situação, e reforçou as políticas de macroeconomia para manter a tendência de desenvolvimento econômico estável e relativamente rápido. A situação básica do desenvolvimento econômico chinês se mantém inalterada. O desenvolvimento econômico estável e relativamente rápido da própria China já é uma importante contribuição do país para preservar a estabilidade financeira internacional e a promoção da economia mundial.
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