Foi encerrada neste sábado (15) nos EUA a Cúpula do G20 sobre Mercado Financeiro e Economia Mundial. Os economistas chineses avaliaram que a reunião não elaborou um projeto perfeito para enfrentar a crise financeira, mas a declaração publicada pelos participantes reforçou a confiança dos diversos países do mundo para superar a atual crise e o consenso sobre a reforma do sistema financeiro internacional. Ouça agora a reportagem:
Na Cúpula do G20, os líderes dos principais países desenvolvidos e emergentes consideraram que é necessário adotar políticas e ações com base no reforço da coordenação e cooperação da macroeconomia, a fim de diminuir as influências da crise financeira e a desaceleração da economia mundial e oferecer apoio aos países emergentes. Os participantes também pediram que os vários países apliquem políticas financeiras e monetárias para apoiar o crescimento econômico e manter sua estabilidade. Foram elaborados cinco princípios de reforma do sistema financeiro internacional, mas as medidas concretas só serão anunciadas em março de 2009.
Os especialistas disseram a expectativa sobre esta reunião era grande, mas a crise financeira não pode ser resolvida em uma noite e que são necessárias mais discussões sobre as políticas adequadas após a reunião. O diretor do Centro da Pesquisa da Economia Chinesa da Universidade de Fudan, Zhang Jun, acha que a maior contribuição desta cúpula é o aumento da confiança.
"Considero que o sinal mais importante que a reunião transmitiu é confiança. O G20 se reuniu para mostrar ao mundo que vai coordenar as ações, elaborar projetos e prevenir o agravamento da crise financeira, especialmente da recessão na economia do bloco. Acho que este é o sinal mais importante."
Atualmente, o principal apoio para o crescimento econômico dos países desenvolvidos são as políticas monetárias, como a redução da taxa de juros. No entanto, esta cúpula indicou claramente que os países devem elaborar políticas financeiras necessárias para incentivar a economia. Antes da abertura da cúpula, a China anunciou o pacote de socorro financeiro de 4 trilhões de yuans, o que foi elogiado por todo o mundo. Zhang Jun, diretor do Centro da Pesquisa da Economia Chinesa da Universidade de Fudan, disse:
"Considerando a escala econômica da China, quando o pacote de socorro financeiro de 4 trilhões de yuans saiu, tornou-se o tema importante das discussões privadas na cúpula. Isto é um exemplo para muitos países emergentes e trouxe influências positivas para a economia global."
Além disso, os líderes participantes da cúpula ainda chegaram a acordos sobre a reforma do sistema financeiro internacional. Segundo as diretrizes apontadas, a estrutura dos órgãos financeiros mundiais será restabelecida e vai receber mais entidades econômicas novas e, ao mesmo tempo, as regras da administração, da supervisão financeira e da contabilidade também serão reformadas. O G20 ainda vai fundar uma aliança de administração para supervisionar os grandes órgãos financeiros internacionais.
O economista-chefe para a região Ásia-Pacífico do banco J.P. Morgan Chase, Gong Fangxiong, afirmou que, neste momento, a China tem que contribuir ativamente para a reativação da economia mundial e que o país deve ter o direito à voz correspondente às suas contribuições.
"Acho que a China tem que participar ativamente e, ao mesmo tempo, ter mais direitos e voz. Nesta condição, oferecemos o capital, mas é possível que não possamos ter os resultados previstos. Então, se não houver o direito à voz, não há influência sobre como usar o capital."
Os especialistas ponderaram que, desta vez, China, Brasil, Índia e outras entidades econômicas emergentes se tornaram protagonistas da Cúpula do G20 e desempenham papéis importantes na reforma do sistema financeiro internacional, o que demonstra que a comparação das forças econômicas globais nos recentes anos já teve uma mudança evidente.
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