A convite dos líderes de Argélia, Gabão, Etiópia, Madagascar e Seichelles, o presidente do Comitê Permanente da Assembléia Popular Nacional da China, Wu Bangguo, começou hoje (3) sua visita amistosa aos cinco países africanos e vai à sede da comissão da União Africana em Adis-Abeba, capital da Etiópia. Os responsáveis do Comitê Permanente da Asssembléia Popular Nacional (APN) da China e Ministério das Relações Exteriores do país consideram que esta visita é uma ação diplomática importante da China na Africa, após a Cúpula de Beijing do Fórum de Cooperação Sino-Africana de 2006. Ouça agora a reportagem:

O intercâmbio parlamentar é uma parte importante das relações entre os países. Durante a visita à África, Wu Bangguo vai se encontrar e conversar com líderes dos parlamentos dos países onde passar, trocar idéias com eles sobre o reforço dos intercâmbios e coperações entre órgãos legislativos de ambas as partes e relatar os êxitos obtidos na construção do sistema de assembléia popular nacional da China e do sistema democrático e legislativo. O vice-secretário-geral do Comitê Permanente da APN, Cao Weizhou, disse que, com os intercâmbios parlamentares, a visita de Wu Bangguo vai promover as relações cooperativas e amistosas entre a China e os cinco países africanos.

"O parlamento é o órgão supremo legislativo do país e reflete diretamente a vontade do povo. O fortalecimento das cooperações e intercâmbios entre órgãos legislativos vai favorecer o entendimento e a confiança recíprocos entre os países. Aprender com as experiências dos parlamentos de outros países tem um significado importante para a promoção das relações bilaterais. A APN quer aprofundar os intercâmbios de diversos níveis com os parlamentos dos cinco países e desenvolver cooperações multilaterais não-parlamentares. "

As atividades oficiais da visita de Wu Bangguo começarão no dia 4, que foi a data de abertura da Cúpula de Beijing do Fórum de Cooperação Sino-Africana dois anos atrás. A diretora do Departamento da África do Ministério das Relações Exteriores, Xu Jinghu, acha que a nova visita de Wu Bangguo ao continente africano no segundo aniversário da abertura da Cúpula de Beijing vai beneficiar o desenvolvimento estável das relações sino-africanas.

"Este ano é o segundo ano de concretização dos resultados da Cúpula de Beijing. Além de impulsionar as relações amistosas entre a China e os cinco países, a visita de Wu Bangguo também é importante para aprofundar as relações de nova parceria estratégica sino-africana e a realização dos vários resultados da Cúpula de Beijing."

Segundo o cronograma, Wu Bangguo ainda vai participar da cerimônia de assinatura de documentos cooperativos entre a China e os países que visitará e inspecionar o andamento dos projetos de cooperação sino-africana. Xu Jinghu afirmou:

"Wu Bangguo ainda vai inspecionar e promover a concretização dos êxitos da Cúpula de Beijing, promover o desenvolvimento das relações de parceria estratégica sino-africana e fortalecer as cooperações econômicas e comerciais em projetos importantes."

Dois anos atrás, o presidente chinês, Hu Jintao, anunciou na Cúpula de Beijing oito medidas para apoiar o desenvolvimento dos países africanos, uma das quais é o apoio na construção do centro de reunião da União Africana (UA). Durante sua visita a Adis-Abeba, seda da UA, Wu Bangguo vai assistir à cerimônia de lançamento da pedra fundamental do centro. Xu Jinghu expressou:

"O projeto de construção do centro de reunião da UA é o maior projeto da China depois da construção da ferrovia Zâmbia-Tanzânia. Wu Bangguo vai participar da cerimônia de início do projeto, que será concluído em 2010."

Com a visita de Wu Bangguo, a China quer reforçar a coordenação e cooperação entre a China, os cinco países e a UA nos assuntos internacionais, acelerar a concretização dos projetos de ajuda e, ao mesmo tempo, segundo o princípio de cooperação de beneficio recíproco e desenvolvimento comum, fortalecer as cooperações pragmáticas com os cinco países na construção de infra-estrutura, exploração e uso de recursos, preparação de pessoal, turismo, agricultura e outras áreas, e continuar estimulando o investimento das empresas chinesas nos cinco países africanos.