Um terremoto de 6,5 graus atingiu ontem (29) a província de Baluchistão, no sudoeste do Paquistão, causando grandes perdas humanas e materiais. O governo paquistanês mobilizou todas as forças para o alívio pós-desastre.
Às 4h33 da madrugada de ontem, um tremor de 5 graus ocorreu quanto as pessoas ainda estavam dormindo. Cerca de 40 minutos depois, outro abalo, de 6,5 graus, sacudiu a região, com epicentro na zona montanhosa perto da capital provincial, Quetta. O tremor foi sentido em Quetta e milhares de casas desabaram.
O terremoto provocou graves prejuízos à região atingida. Uma autoridade disse que o local tem uma população de 46 mil habitantes e pelo menos oito aldeias sofreram danos sérios. O presidente da Administração de Controle de Calamidades do Paquistão, encarregada de comando e coordenação dos trabalhos de resgate, Farooq Ahmed Khan, revelou que haviam sido confirmados 115 mortos e 300 feridos. Como muitas pessoas estão soterradas nos escombros e os trabalhos de socorro continuam em andamento, o número de mortes pode subir. Uma rádio privada local noticiou que o número das mortes já superou os 200.
A situação na região atingida pelo abalo despertou muita atenção do governo paquistanês. O presidente Asif Ali Zardari e o primeiro-ministro Yousuf Raza Gilani, em visita à Turquia, expressaram condolências pelas vítimas do terremoto e ordenaram o governo a dedicar o máximo esforço para ajudar a população atingida e levar assistência médica aos feridos. Gilani anunciou uma indenização de 300 mil rúpias para as famílias que perderam parentes no desastre e 100 mil para as famílias com feridos.
O governo e os órgãos de saúde locais reagiram imediatamente após o tremor. Hospitais provisórios foram montados em barracas para atender os feridos graves. Outros feridos foram levados a hospitais da região. As forças armadas do Paquistão enviaram 12 helicópteros à zona atingida.
Os trabalhos de resgate estão em intenso andamento. Segundo Farooq, foram enviadas quatro mil barracas, cinco mil cobertores, cinco mil casacos e quatro mil colchões plásticos para a área afetada por meios terrestre e aéreo. Um hospital itinerante também foi transportado da região de Rawalpindi por avião.
A população atingida está diante de dois problemas principais. A maioria das casas térreas foi destruída no sismo e a temperatura local cai abaixo de zero grau durante a noite. As pessoas vão passar a noite em frio intenso. O governo paquistanês ofereceu ontem três mil barracas à zona atingida, mas o governo local pediu um envio emergencial de mais dez mil barracas e aquecedores.
Além disso, tremores secundários continuam ocorrendo, causando queda de pedras e desmoronamentos, o que representa novas ameaças aos habitantes e às equipes de socorro.
O desastre no Paquistão também despertou atenção e solidariedade da comunidade internacional. Depois do terremoto, o presidente chinês Hu Jintao e o primeiro-ministro Wen Jiabao enviaram mensagens de condolências. Países como os EUA e organizações internacionais se dispuseram a oferecer ajuda ao Paquistão.
O governo indiano deu uma resposta imediata ao tremor no Paquistão e prometeu empreender todos os esforços para ajudar o país vizinho. A Comissão Internacional da Cruz Vermelha enviou duas equipes à zona atingida para realizar a avaliação dos danos e das necessidades da população atingida. Com a ajuda do governo paquistanês e da comunidade internacional, os desabrigados vão superar as dificuldades e reconstruir suas casas.
|