Um novo poço de petróleo chamado "Ngoma 1" foi descoberto no Bloco 15/06, em águas profundas, a 350 quilômetros da costa da capital de Angola, Luanda, anunciou terça-feira a companhia estatal petrolífera angolana SONANGOL.
A reserva contém uma coluna de petróleo de 127 metros com alta permeabilidade e foi perfurada em uma zona de águas profundas com 1.421 metros, em uma profundidade vertical total de 3.348 metros, informaram a SONANGOL e seu sócio, a empresa petrolífera ENI, em um comunicado à imprensa.
O achado, próximo aos depósitos Sangos, cujo petróleo tem uma densidade de 22,5 graus API (índice que aponta a densidade do petróleo, se é pesado ou leve), confirmou o elevado potencial do Bloco 15/06 e a necessidade de continuar com outras pesquisas para desenvolver a parte ocidental do bloco.
ENI, empresa que explora esse bloco desde novembro de 2006, depois de vencer uma licitação internacional, deseja fortalecer sua cooperação com a SONANGOL porque considera Angola um dos países estratégicos para o futuro aumento de sua produção de petróleo e gás.
Angola é o segundo maior produtor de petróleo na região do Sub-Saara, com quase dois milhões de barris de produção diária de petróleo, superado apenas pela Nigéria.
Segundo outra fonte, os governos dos Estados Unidos e Angola descartaram o estabelecimento do Comando Americano Africano (Africom), informou quinta-feira a agência de notícias oficial de Angola, ANGOP.
Os Estados Unidos nunca solicitaram a nenhum país que albergasse o Africom, disse a subsecretária anexa de Defesa americana para a África, Theresa Whelan, logo após chegar a Luanda à tarde da quarta-feira.
O que os Estados Unidos desejam, acrescentou, é aprofundar a atual cooperação militar, que já começou em segurança marítima e manutenção da paz na África, que serão os principais temas a discutir com as autoridades angolanas durante a visita de dois dias ao país.

Por outro lado, Andre Mendes do Carvalho, diretor nacional das Relações Internacionais do Ministério da Defesa de Angola, recebeu Whelan e sua delegação, dizendo que o governo angolano nunca abordou o tema de albergar Africom.
"O governo angolano nunca solicitou albergar os escritórios deste comando, nem consideramos esta possibilidade. Não albergamos bases militares, porque a constituição o proíbe", declarou.
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