Começou na tarde de hoje (24) nesta capital a 7ª Cúpula Ásia-Europa, a primeira desde a ampliação do bloco para 45 membros em 2006. Em discurso pronunciado na cerimônia de abertura, o presidente chinês Hu Jintao desejou que, no atual cenário econômico-financeiro, os países europeus e asiáticos intensifiquem o diálogo, ampliem os consensos, aumentem a confiança e aprofundem a cooperação.
Mais de 2.200 autoridades, incluindo 10 chefes de Estado e chefes de governo de 24 países vieram participar da primeira cúpula realizada na China. Levando em conta a atual crise financeira global, a China, anfitriã do evento, reajustou a agenda de trabalho para dar destaque aos temas relacionados à economia e à situação financeira mundial, e tomou a iniciativa de fazer a coordenação entre alguns membros em busca de uma cooperação mais estreita na resposta à crise.
Ao discursar na cerimônia inaugural, Hu Jintao afirmou que a China aprecia e apóia as medidas positivas adotadas por alguns países frente à crise financeira e que uma boa tendência do crescimento da economia chinesa será importante contribuição para a estabilidade do mercado financeiro global e o crescimento econômico mundial. Hu Jintao garantiu que a China vai somar esforços com a comunidade internacional face à crise atual. "A China tem feito esforços positivos dentro de seu alcance para enfrentar a atual crise e tem adotado uma série de medidas significativas, aí incluídas as medidas para manter a estabilidade do sistema financeiro nacional, aumento da liquidez nos mercados e instituições financeiras e melhora da coordenação e cooperação com outros países no tocante às políticas macroeconômicas. Com uma atitude responsável, a China continuará trabalhando ao lado da comunidade internacional em busca da estabilidade financeira e econômica mundial", disse Hu.
O presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, considerou que a atual crise vem ressaltando a importância do diálogo, entendimento e coordenação entre os líderes dos diversos países. Disse: "As ações coordenadas dos governos e bancos centrais dos diversos países tornam possível o alívio da situação atual. As medidas que os países da Europa e das Américas, incluindo os países em desenvolvimento, têm adotado, são necessárias".
Além da situação financeira mundial, os participantes discutem "diálogo, cooperação e benefícios recíprocos" e abordarão os temas como desenvolvimento sustentável, civilização ecológica, mudanças climáticas, segurança energética e crise de alimentos, bem como os problemas como a situação global e questões regionais euro-asiáticas.
Como supremo fórum inter-governamental Ásia-Europa, a cúpula trabalha há 12 anos pela criação de condições favoráveis ao desenvolvimento sócio-econômico euro-asiático através do diálogo, entendimento e cooperação entre seus membros. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, expressou sua expectativa para a presente cimeira. Sarkozy disse: "A cúpula Ásia-Europa tem 12 anos de história. Já obtivemos muitos progressos, mas temos um longo caminho pela frente para que nossa conferência não seja apenas uma oportunidade de intercâmbio, mas também uma boa oportunidade para tomar decisão".
Em seu discurso, o presidente chinês reafirmou o papel da conferência e formulou propostas para o aperfeiçoamento deste mecanismo de cooperação Ásia-Europa. Ele disse: "Para a Ásia e a Europa, é necessário respeitar os próprios regimes sociais, ideologias, culturas e modelos de desenvolvimento, aprofundar o entendimento sobre as políticas e os rumos do desenvolvimento de cada parte e aproveitar plenamente a grande complementaridade econômica para aprofundar a atual cooperação, promover novas vias de cooperação, resolver adequadamente os litígios comerciais por meio de diálogos e consultas em condições de igualdade, bem como enfrentar conjuntamente os desafios de caráter global".
Os participantes também expressaram que a Ásia e a Europa têm necessidades mútuas na economia e na estratégia e estão convencidos de que a Cúpula de Beijing dará mais impulso ao desenvolvimento das relações euro-asiáticas.
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