A 7ª Cúpula Ásia-Europa será realizada entre os dias 24 e 25 deste mês em Beijing. O assessor do chanceler chinês, Liu Jieyi, afirmou ao ser entrevistado pelo nosso repórter que as cooperações no enfrentamento da crise financeira serão o tema principal do encontro e as colaborações entre os dois continentes darão grandes contribuições para o desenvolvimento de todo o mundo.
A 7ª Cúpula Ásia-Europa acontece em meio a uma situação internacional muito especial, com a crise financeira originada na crise imobiliária dos EUA ficando a cada dia mais grave. Para isso, sendo o país anfitrião, a China ajustou oportunamente os temas da cúpula e colocou a situação econômica e financeira internacional como tema central. Liu Jieyi disse que, para enfrentar a crise financeira, os países asiáticos e europeus têm muitos acordos e grande determinação em cooperações e surgirão resultados com base nas discussões.
"Os membros asiáticos e europeus estão estudando uma declaração presidencial sobre a situação econômica e financeira internacional. Isto é para manifestar a nossa determinação e vontade de fazer esforços pelo enfrentamento e superação da crise e pela manutenção do crescimento econômico."
Em 1997, a Ásia sofreu uma grande crise financeira. No ano seguinte, foram discutidas na 2ª Cúpula Ásia-Europa, realizada em Londres do Reino Unido, as medidas para enfrentar a crise e foi feita na mesma ocasião a decisão do estabelecimento do fundo de crédito Ásia-Europa, que visa a ajudar países asiáticos a recuperar a estabilidade financeira e eliminar as influências da crise na sociedade, o que constitui um exemplo de sucesso nas cooperações entre ambas as partes na área financeira. Liu Jieyi afirmou acreditar que os participantes aproveitarão esta oportunidade para discutir como reforçar cooperações, revitalizar a confiança dos investidores e procurar medidas para solução da crise.
Além da crise financeira, ainda serão discutidos outros problemas, tais como energia e mudanças climáticas e segurança alimentar, além de conversas sobre cooperações no combate às conseqüências de calamidades, situação regional e internacional, promoção dos investimentos e comércio entre dois continentes e desenvolvimento sustentável.
Liu disse que a cúpula planeja divulgar dois documentos: a Declaração Presidencial e o Manifesto de Beijing sobre Desenvolvimento Sustentável. O primeiro resumirá a posição principal dos dirigentes sobre os problemas discutidos e as áreas que precisarão de mais esforços, enquanto os segundo terá relação com a Meta do Milênio de Desenvolvimento, energia e mudanças climáticas e harmonia social.
O assessor do chanceler chinês disse que a população dos países membros da Cúpula Ásia-Europa representa 57% da população mundial. Além disso, o PIB total já atinge metade da cifra mundial e o valor total de comércio chega a cerca de 60%. As cooperações entre ambos os continente darão grande contribuições ao desenvolvimento do mundo. Ele disse:
"As cooperações entre Ásia e Europa favorecerão a estabilidade financeira mundial e o crescimento e desenvolvimento econômicos mundiais, o que, na minha opinião, é o principal motivo para a vontade dos países dos dois lados de reforçar cooperações."
38 chefes de estado ou de governo estrangeiros já confirmaram a participação na cúpula, que será o evento do gênero com maior participação.
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