O tsunami financeiro global e outros desafios ante a sociedade de Hong Kong, como segurança alimentar e poluição ambiental, exigem uma liderança de governo forte, afirmou hoje o chefe do executivo de Hong Kong, Donald Tsang.
Ao discursar sobre a política de governo para seu segundo mandato, o líder do governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) disse que a globalização econômica diminuiu a distância entre os membros da comunidade global e que Hong Kong, de orientação econômica externa, é naturalmente vulnerável a mudanças externas.
"Com a globalização, Hong Kong está ainda mais exposta a fatores externos como economia, finanças, segurança alimentar e proteção ambiental", disse Tsang.
Tsang afirmou que a crise financeira provocada pelo sub-prime hipotecário norte-americano se espalhou pelo mundo todo, e Hong Kong sofreu uma considerável desaceleração na economia.
A globalização do comércio de comida é um grande desafio para o gerenciamento de segurança alimentar devido à aquisição de produtos vindos de diferentes lugares, e a poluição ambiental também exige mais esforços do que os tomados por apenas um governo.
Por enquanto, é preciso re-examinar as funções e regras de governo para enfrentar tais desafios, e Hong Kong continuará a seguir o princípio de "Grande Mercado, Pequeno Governo", a fim de promover o desenvolvimento econômico, garantiu Tsang.
"A orientação do governo é formular políticas que conduzam à competição de mercado. Quando o mercado enfraquece, no entanto, o governo deve estar preparado para intervir na hora certa e de modo decisivo", concluiu o líder de Hong Kong.
O chefe do executivo de Hong Kong, Donald Tsang, disse quarta-feira que a cidade deve se manter prudente e racional ante a crise financeira global.
Tsang concedeu entrevista coletiva depois de apresentar o Relatório de Política 2008-2009 no Conselho Legislativo. O dirigente disse que talvez a pior situação pelo tsunami financeiro mundial ainda não apareça e que Hong Kong deve ser prudente, pragmático e racional para manejar a crise.
A melhor forma para enfrentá-la, segundo Tsang, é estabelecer um comitê especial para revisar e manter a vigilância sobre as mudanças do mercado global, a fim de oferecer ao governo sugestões apropriadas.
"É o momento da consolidação e uma avaliação muito cuidadosa e objetiva da situação. A cidade deve planejar a melhor estratégia, ao mesmo tempo explorando as oportunidades para fortalecer sua postura como centro financeiro internacional", indicou.
Tsang crê que devido ao fundamento financeiro em Hong Kong, que tem um dos melhores sistemas reguladores do mundo, a cidade poderá vencer a crise financeira.
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