A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, terminou sua visita à Índia e ao Cazaquistão. Apesar de que não ter conseguido um acordo de cooperação sobre energia nuclear de uso civil EUA-Índia, sua visita beneficiou os comerciantes de tecnologia nuclear dos EUA. Durante sua visita no Cazaquistão, Rice salientou que as relações do desenvolvimento entre os EUA e o Cazaquistão não influenciarão a competitividade da Rússia na Ásia Central. Para analistas, a visita de Rice à Ásia visa a fortalecer os benefícios político e econômico dos EUA na região.
A visita de Rice à Índia teve o fim de assinar o acordo de cooperação sobre energia nuclear de uso civil EUA-Índia com o governo indiano, após a aprovação pelo congresso norte-americano no início deste mês. Agora, o acordo deveria entrar na fase de execução. Mas, como o presidente norte-americano, George W. Bush, não assinou oficialmente o acordo, a Índia decidiu finalmente cancelar a cerimônia de assinatura, o que conduziu ao fracasso da tarefa principal de Rice. Ela indicou que as relações entre os EUA e a Índia estão em "um nível muito diferente". O chanceler indiano, Pranab Mukherjee, lembrou que as relações amistosas bilaterais atingiram uma atitude sem precedentes, tornando-se verdadeiras relações de parceria estratégica.
Segundo dados da aliança industrial da Índia, nos próximos 15 anos, o acordo de cooperação sobre energia nuclear de uso civil destinará US$ 27 bilhões para construir 18 ou 20 postos de geração nuclear na Índia. Mais cedo, o primeiro-ministro indiano assinou um acordo de energia nuclear com a França, durante sua visita àquele país. Por isso, as companhias dos EUA, França e Rússia estão disputando os contratos.
Depois de deixar a Índia, Rice visitou o Cazaquistão, conversando com os líderes do país sobre as relações bilaterais, a cooperação energética e a reconstrução do Afeganistão. Rice afirmou que seu país se esforçou para promover as relações com os países da Ásia Central, o que não tem o fim de destruir os benefícios da Rússia nesta região.
Desde o conflito entre a Rússia e a Geórgia, o governo de Bush reforçou imediatamente as ligações com os países da Ásia Central. O vice-presidente norte-americano, Dick Cheney, visitou no mês passado a Geórgia e a Ucrânia. Mas, o presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, está se esforçando para manter o equilíbrio das políticas diplomáticas. Duas semanas atrás, o país realizou uma manobra militar de grande envergadura com a OTAN e a Rússia. Quando as políticas norte-americanas para a Ásia Central sofreram as ameaças de segurança da Geórgia e do Afeganistão, o Cazaquistão foi muito importante.
Além disso, a visita de Rice teve outro tema: fortalecer a cooperação energética com o Cazaquistão. A posição estratégica do país é muito importante para o ocidente, pois ele possui ricos recursos de gás natural. A visita de Rice ao Cazaquistão é para os benefícios político e econômico dos EUA na Ásia Central.
|