A China lançou com sucesso na noite de hoje (25), sua terceira missão espacial tripulada, a Shenzhou VII. A nave partiu do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, na província de Gansu, noroeste da China, levando três tripulantes que realizarão nos próximos dias uma série de pesquisas científicas, entre elas uma caminhada espacial, como preparativos para uma futura estação espacial. O lançamento bem-sucedido não só leva impulsiona o progresso e desenvolvimento científico e tecnológico da China, mas também promove o desenvolvimento da China em invenções e produtos de propriedade intelectual autônoma.

A China obteve progressos consecutivos no setor espacial desde o lançamento da Shenzhou I até a Shengzhou VII, exercendo grande influência sobre o quadro científico e tecnológico do mundo atual.

O desenvolvimento da missão espacial tripulada constitui um desafio tanto para o poderio integral de um país, quanto para o seu nível de desenvolvimento científico e tecnológico. Exatamente como comenta a imprensa estrangeira, os êxitos obtidos pela China nos últimos anos refletem tanto o contínuo crescimento do poderio integral da China, quanto a imagem de uma grande potência.

Segundo Ma Xingrui, presidente da Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China, o desenvolvimento da missão tripulada difere da corrida espacial entre os EUA e a ex-União Soviética durante a Guerra Fria: "O programa de vôos espaciais tripulados da China começou mais tarde que os EUA e a ex-União Soviética, que investiram durante a Guerra Fria, grandes esforços humanos e materiais para uma corrida espacial. A envergadura do programa espacial chinês é adequada e corresponde à situação nacional."

Na atualidade, a China desenvolve a missão espacial tripulada tendo em vista principalmente os interesses técnico-científico e econômico. O programa espacial, além de promover o desenvolvimento científico e tecnológico, reúne tecnologias sofisticadas e novos resultados obtidos em vários domínios de pesquisa, além de criar novas demandas de desenvolvimento em várias áreas, diz Jing Muchun, projetista geral do foguete lançador Longa Marcha II-F que levou ao espaço a Shenzhou VII.

"A missão tripulada da China desempenhará grande papel no progresso do nível industrial básico, inclusive de matérias primas e peças. Alguns produtos nossos serão aproveitados para uso civil," disse Jing. 

O programa espacial também poderá promover o desenvolvimento da China em vários setores como medicina, farmácia, aviação, novos materiais, eletrônica, produção mecânica, indústria têxtil e telecomunicações, exercendo influências positivas sobre a economia nacional. Segundo cálculos preliminares dos especialistas, a indústria espacial da China poderá movimentar uma cadeia industrial no valor de 120 bilhões de yuans.

Pesquisar o universo constitui um sonho não só dos chineses, mas também de toda a humanidade, por isso, os êxitos obtidos pelas naves no espaço são também progressos comuns de toda a humanidade. Segundo Zhou Jianping, projetista geral da Shengzhou VII, a nave pertence tanto a todos os profissionais que se dedicaram arduamente à causa espacial, como a cada chinês e também a toda a humanidade. Zhou afirmou: "Penso que pesquisar o Universo para ampliar o espaço de existência da humanidade constitui uma aspiração duradoura da humanidade e uma responsabilidade da China, grande país em desenvolvimento. Depois de terminar a presente missão, continuaremos mantendo um programa correspondente ao poderio nacional, a fim de promover o desenvolvimento sustentável das atividades espaciais, para que a humanidade obtenha mais avanços na pesquisa do Universo."