Caro ouvinte, foi realizada ontem (22) na sede da ONU em Nova York a reunião de alto nível sobre a necessidade de desenvolvimento da África, com a participação de representantes de mais de 160 países, incluindo mais de 40 líderes de governo e chefes de Estado. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu no discurso de abertura da reunião que os diversos países, especialmente os desenvolvidos, cumpram suas promessas e ampliem o apoio à África para ajudar as nações africanas a concretizar as Metas de Desenvolvimento do Milênio. Ouça agora a reportagem:
Com o tema "necessidade de desenvolvimento da África: cumprimento das promessas, os desafios e o caminho do futuro", a reunião foi realizada num momento de coexistência de desenvolvimento e desafio do continente africano. Nos últimos anos, a economia de muitos países africanos está crescendo rapidamente, obtendo avanços na realização das Metas do Milênio. No entanto, o aumento dos preços mundiais de alimentos e petróleo, a mudança climática e os conflitos regionais ainda estão prejudicando a tendência favorável de desenvolvimento. Um relatório sobre o desenvolvimento da África publicado recentemente pela ONU indicou que no atual quadro de desenvolvimento, nenhum país africano pode concretizar as Metas do Milênio até 2015.
Ban Ki-moon afirmou que esta reunião é uma oportunidade para unir os líderes dos vários países para reiterar suas promessas para o desenvolvimento do continente africano e se dedicar ao enfrentamento dos desafios.
"Enfrentar estes desafios não é só uma necessidade moral, os recentes conflitos causados pela disputa dos alimentos e recursos naturais mostram que a estabilidade e segurança do mundo são fundadas na prosperidade dos países em desenvolvimento. A paz, o desenvolvimento e o respeito dos direitos humanos estão intimamente ligados."
Ban Ki-moon enfatizou que, em vez de fazer novas promessas, os governos dos países e organizações internacionais agora devem esforçar-se para cumprir as promessas já feitas e deixar com que os discursos políticos se convertam em benefícios concretos para o povo.
O chanceler chinês Yang Jiechi também reiterou na reunião que a paz e a prosperidade de todo o mundo não é possível sem o desenvolvimento da África, e que a comunidade internacional deve dar mais atenção ao problema africano e ajudar o continente a enfrentar os desafios globais. Ele afirmou que a China vai continuar reforçando intercâmbios com os países africanos e concretizar as decisões da Cúpula de Beijing do Fórum da Cooperação China-África, tomar medidas práticas para apoiar o desenvolvimento da África e impulsionar as relações de parceria estratégica entre as duas partes.
"Nos próximos cinco anos, vamos oferecer mais ajuda e apoio aos países africanos nos setores de agricultura, educação, saúde e energia limpa."
O presidente francês Nicolas Sarkozy também apresentou suas opiniões sobre ajuda à África no cumprimento das Metas de Desenvolvimento do Milênio.
"Acredito que, antes de tudo, é preciso melhorar os meios de produção agrícola na África, especialmente a lavoura familiar. Nesta área, a África precisa de duas revoluções verdes para aumentar a produção e, ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente."
Sarkozy ainda defendeu o desenvolvimento das pequenas e médias empresas na África e considera necessário, para isso, aperfeiçoar o ambiente comercial e ampliar as regras de investimento.
O desenvolvimento da África é importante para o desenvolvimento mundial. Os esforços da comunidade internacional são essenciais para promover o desenvolvimento coordenado da sociedade africana e realizar a recuperação completa da economia do continente. Como disse Ban Ki-moon na reunião, se cada país cumprir suas promessas, é possível que a África alcance suas metas de desenvolvimento.
"Temos vários relatórios que mostram que o desenvolvimento da África ainda não entrou no caminho previsto. E temos também relatórios que indicam o que temos de fazer para mudar tudo isso. Então, vamos concretizar estas medidas a partir de hoje e trazer a esperança e o desenvolvimento para a África e todo o mundo."
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