Analistas consideram que a reunião tem um significado positivo para os dois lados superarem os obstáculos surgidos há algum tempo no relacionamento sino-europeu, reforçarem a confiança política mútua e promoverem o desenvolvimento da parceria.

O Fórum China-Europa aconteceu pela primeira vez em 2004, promovido pela Câmara de Comércio de Hamburgo, e tem uma reunião a cada dois anos. O vice-premiê chinês, Zeng Peiyan, e o premiê, Wen Jiabao, compareceram às primeiras duas reuniões.

Tendo como tema principal "Cúpula de Hamburgo: China encontra a Europa", a reunião desta vez durará três dias e terá como foco os laços comerciais sino-europeus, o clima e a proteção ambiental e as perspectivas de desenvolvimento da China.

No total, 380 personalidades dos meios político, industrial, comercial e científico-tecnológico da China e da Europa estiveram presentes à cerimônia de abertura.

Em discurso, o vice-primeiro-ministro chinês, Zhang Dejiang, destacou que o impulso da parceria estratégica integral sino-européia de igualdade e benefício mútuo apresenta um grande potencial e tem perspectivas amplas. Ele assinalou que a China dá alta importância ao desenvolvimento das relações com a União Européia, que é o maior parceiro comercial da China.

A estratégia de parceria integral entre as duas partes vem amadurecendo. Os pontos compartilhados entre a China e a Europa são muito mais do que as divergências e os interesses comuns superam significativamente os conflitos. O governo chinês sempre se dedica à solução dos conflitos e disputas com a Europa com uma atitude construtiva, disse Zhang, que também apelou por uma visão mundial e estratégica para tratar do relacionamento sino-europeu.

O vice-premiê chinês indicou que a China persiste no caminho do desenvolvimento pacífico e sempre constitui uma força importante para impulsionar a paz e o desenvolvimento do mundo. Uma China estável, aberta, em desenvolvimento e próspera trará oportunidades, em vez de desafios, ao mundo e será parceira, em vez de ameaça.

O líder declarou que a China sempre apóia a integração da União Européia e vê com bons olhos um papel mais ativo do bloco nos assuntos internacionais. Segundo ele, a China quer trabalhar junto com a Europa para aprofundar as cooperações pragmáticas e promover o desenvolvimento comum, já que isso se adapta aos interesses fundamentais dos dois povos e beneficia a paz regional e mundial.

O chanceler alemão, Frank-Walter Steinmeier, pediu que a Europa e a China levem adiante a "parceria global responsável". Ele disse que nenhum país ou organização no mundo consegue resolver por si próprio as questões como segurança e estabilidade econômica e escassez de matérias primas. Para o chanceler, o mundo está procurando criar uma "nova ordem", o que não pode dispensar diálogos com grandes países em desenvolvimento como a China. Ele também afirmou que, apesar das dificuldades surgidas no desenvolvimento das relações sino-européias e sino-alemãs neste último ano, as duas partes nunca pararam as consultas bilaterais.

Steinmeier também avaliou positivamente o avanço dos laços comerciais sino-europeus e a recuperação das relações políticas entre os dois lados. Ele descreveu Hamburgo como uma boa plataforma para as cooperações sino-alemãs e disse que a colaboração bilateral no projeto da empresa Airbus serve como um exemplo bem-sucedido.

Os outros participantes da reunião também demonstraram esperanças profundas no desenvolvimento das relações sino-européias. O presidente da Câmara de Comércio de Hamburgo, Frank Horch, disse desejar que o encontro crie uma nova ponte para o estabelecimento de uma plataforma de diálogo justo e pediu que a União Européia trate a China como um parceiro comercial igual.